Oposicionista se declara presidente
24/01/2019 11:15 - Atualizado em 04/02/2019 18:35
Divulgação
A crise política na Venezuela ganhou novos e tensos capítulos nessa quarta-feira (23). Em um dia marcado por protestos contra o presidente Nicolás Maduro, o líder da Assembleia Nacional, o oposicionista Juan Guaidó se declarou presidente em exercício do país, fez um juramento a Deus e foi reconhecido pelos Estados Unidos, Brasil e outros países da América Latina. Enquanto isso, Maduro rejeitou a declaração de Guaidó, afirmou que os estanunidenses estão comandando um golpe de estado e rompeu relações com o governo Donald Trump.
Apontado como principal líder da oposição, Guaidó fez o juramento comprometendo-se a assumir o poder interinamente e promover eleições gerais. O juramento foi feito durante um protesto contra o governo Maduro em Caracas. Antes do juramento, Guaidó reiterou a promessa de anistia aos militares que abandonarem Maduro e apelou para que fiquem “do lado do povo”.
O Brasil foi um dos primeiros países na América Latina a reconhecer Juan Guaidó como presidente interino. Em sua conta no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro, que está participando do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, postou mensagem de apoio a Guaidó. “O Brasil apoiará política e economicamente o processo de transição para que a democracia e a paz social voltem à Venezuela”, disse na rede social.
O governo dos Estados Unidos também se manifestou reconhecendo Guaidó como presidente da Venezuela. A decisão foi reforçada pelo presidente, Donald Trump, e pelo vice, Mike Pence, em suas contas na rede social Twitter. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, também reconheceu Guaidó e felicitou o deputado pelo juramento, assim como Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Paraguai, Peru, Guatemala. Por outro lado, Bolívia, Rússia e México se manifestaram em apoio a Maduro.
Na sacada do Palácio Miraflores, em Caracas, Maduro anunciou que os diplomatas dos Estados Unidos possuem 72 horas para deixarem o país. “Aqui não se rende ninguém, aqui não foge ninguém. Aqui vamos à carga. Aqui vamos ao combate. E aqui vamos à vitória da paz, da vida, da democracia”. (A.N.)

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