Após o experiente deputado federal Paulo Feijó (PR) aconselhar o estreante Wladimir Garotinho (PRP) a compor politicamente com o governador Wilson Witzel (PSC) e o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o filho do ex-governador Anthony Garotinho (PRP) disse que vai ter uma legislatura independente em relação ao governo federal. Wladimir disse, na última terça-feira, que recebeu um convite oficial de Witzel para trocar de partido e ir para o PSC, o que abriria as portas do parlamentar com o Governo do Estado.

— Agradeço a opinião e o conselho de Feijó. Aqui no Rio uniremos forças e esforços para dar vida a um Estado sequestrado pela turma de Cabral. No plano federal vou me manter numa posição em favor do Brasil. Votarei de acordo com minhas convicções pessoais e naquilo que acredito ser o melhor, a começar com a quebra do monopólio das instituições financeiras e do pagamento abusivo de juros e rolagem da dívida — disse Wladimir.

Presidente do diretório municipal do PSC em Campos, pastor Marcos Elias disse que ainda não conversou com Wladimir e falou que é preciso separar o filho dos pais na hora de avaliar. “Não tive a oportunidade de conhecê-lo ainda. Ele tem bom diálogo com o governador, estamos esperando uma manifestação oficial da executiva do partido. Conheço a família dele, mas não o conheço. Não podemos julgar pela família, é importante separar porque são pessoas diferentes”.

Na última quinta-feira, Feijó comentou a Folha como acha que deve ser a atuação de Wladimir em Brasília. “Wladimir tem mais é que compor com o governador. Já está muito difícil administrar o Estado e mais difícil ainda para os deputados exercerem seus mandatos. Se o Wladimir não compor, não vai transformar o mandato em uma rede de prestação de serviços à sociedade. Não sei se realmente ele foi convidado para ir para o PSC, mas ele está certo em compor com o governador e tem que compor também com Bolsonaro lá em Brasília”.