Considerados um dos homens de confiança do prefeito de Macaé, Dr. Aluízio (sem partido), o secretário de Serviços Públicos, Flávio Isquierdo foi exonerado na última semana e a Prefeitura não explicou o motivo, apesar de procurada. Além da relação profissional, Isquierdo e Aluízio também dividem a mesma ação judicial. Ambos são réus por improbidade administrativa e acusados pelo Ministério Público da nomeação “fantasma” da filha do presidente da Câmara de Vereadores entre 2007 e 2015. Além disso, o ex-secretário é acusado pela ex-esposa de agressão e possui uma ordem judicial que o proíbe de se aproximar menos de 150 metros da ex-companheira.

 

 

Para o lugar de Flávio, o prefeito nomeou interinamente o secretário de Infraestrutura, Célio Chapeta Mattoso.

Isquierdo também responde a ação do MP sobre a nomeação supostamente fantasma da filha de Eduardo Cardoso (PPS), que atualmente comanda os trabalhos no Legislativo macaense. Segundo a denúncia, ela recebeu cerca de R$ 300 mil da Prefeitura entre 2007 e 2015 sem nunca ter ido trabalhar. Em 2014, inclusive, ela foi nomeada diretamente no gabinete do prefeito.

Na ação, a Promotoria diz que Flávio Isquierdo ratificava as folhas de ponto no gabinete do prefeito, atestando, falsamente, a presença da assessora no local de trabalho. O inquérito aponta indícios do envolvimento de Eduardo Cardoso, exercendo influência para que a situação funcional da filha fosse tolerada, além de não fiscalizar a prática ilegal.

Liminarmente, em março de 2017, o juiz Josué de Matos Ferreira, da 2ª Vara Cível de Macaé, determinou o bloqueio dos bens dos réus, que apelaram à segunda instância, no Tribunal de Justiça do Rio, que manteve a decisão inicial.

A equipe de reportagem não conseguiu contato com a Prefeitura, o ex-secretário e o presidente da Câmara até o fechamento desta edição.