Morte de Marielle completa 300 dias
09/01/2019 11:08 - Atualizado em 10/01/2019 15:08
Marielle e seu motorista foram assassinados
Marielle e seu motorista foram assassinados / Divulgação
No dia que os assassinatos da vereadora carioca Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes completaram 300 dias, nessa terça-feira (8), a viúva da parlamentar, Mônica Benício, declarou que teme pelo esquecimento dos crimes e que as pessoas se acostumem com a ausência caso “a onda de indignação acabe”.
— Com o tempo, a morte dá uma sensação de conformismo. Se a onda da indignação acabar, as pessoas se acostumam com a ausência. Não podemos deixar de cobrar. Quem matou a minha mulher? Quem foi o mandante? Ela se tornou símbolo político, representante de lutas específicas na área de direitos humanos. Ela construía um sonho. Não podem descartá-la simplesmente por ser mulher, negra, pobre e lésbica. Não podemos nos calar — disse Mônica ao jornal O Globo.
O deputado federal Marcelo Freixo (Psol), em entrevista à Rádio Globo, na última segunda-feira, também falou sobre o crime e chamou a atenção de que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) nunca se manifestou para falar sobre a investigação. “O caso Marielle extrapola ou deveria extrapolar qualquer fronteira ideológica. A gente está falando de uma vereadora brutalmente assassinada por um grupo político. A investigação demonstra isso, não resta dúvidas”. (A.N.)

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