Pesquisadoras campistas ganham destaque internacional
Mário Sérgio Junior 12/01/2019 12:44 - Atualizado em 14/01/2019 14:05
  • Estudante Aminthia Pombo

    Estudante Aminthia Pombo

Duas pesquisas, desenvolvidas por duas estudantes campistas, ganharam destaque e abriram portas para as pesquisadoras no exterior. Mariana Vasconcelos, de 22 anos, teve um projeto aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e foi selecionada para estudar por seis meses na Universidade do Porto, em Portugal, cursando matérias de sua graduação, sem pagar mensalidade. Já a doutoranda Aminthia Pombo Sudré, do Programa de Ciências Naturais da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), foi contemplada com o prêmio internacional “Horticulturae Travel Awards 2019”.
Mariana cursa o 8º período de graduação em Medicina Veterinária na Universidade Unigranrio - Campus I, em Duque de Caxias. Seu projeto de pesquisa é relacionado à esporotricose, uma zoonose que já causa uma epidemia no Rio de Janeiro. Ela iniciou a pesquisa em julho de 2018 na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde estagiou por um ano. “Eu fiz estágio na Fiocruz por um ano e em julho de 2018 iniciei o projeto de pesquisa lá, que é sobre mapeamento da zoonose Esporotricose, em 10 anos, no Rio de Janeiro. Aqui no Rio está uma epidemia de casos. Aí em Campos já está começando a aparecer também. Na Uenf já estão fazendo projetos contra a evolução da doença, que atinge animais e humanos”, disse a estudante ao acrescentar que a esporotricose é transmitida a partir de arranhadura, ou contato com a lesões dos animais infectados ou contato com o fungo que pode estar presente em arvores e terra contaminada, por isso antigamente era chamada de doença do jardineiro.
Sua ida para Portugal, por intermédio do programa de bolsas de Intercambio Ibero – Americanas, é oferecido todos os anos pelo Banco Santander. Em 2018, houve mais de 12 mil inscritos no Brasil. Mil e duzentas foram selecionadas. A pesquisa de Mariana ficou em primeiro lugar em sua universidade.
Já a premiação de Aminthia Pombo ajudará a pesquisadora a financiar a sua participação no Congresso Internacional “XVII Eucarpia Meeting of the Capsicum and Eggplant Workgroup”, que será realizado em setembro deste ano na cidade de Avignon, na França. Na ocasião, ela vai apresentar seu trabalho sobre as mudanças anatômicas nas folhas da pimenteira Capsicum anuum, decorrentes de metais potencialmente tóxicos.
Aminthia é bolsista de doutorado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e tem como orientador o professor Sergio Luis Cardoso. Ela é graduada em Licenciatura em Química pela Uenf e foi uma dos dois únicos estudantes que foram os ganhadores do prêmio internacional.

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