Vale do Rio Doce é um mar de lama: muitos animais soterrados e mais de 200 pessoas desaparecidas
25/01/2019 15:27 - Atualizado em 25/01/2019 17:52
A primeira postagem deste blog, que rolou em novembro de 2015, foi uma postagem de luto pelo crime praticado contra Mariana-MG, que deixou dezenas de vítimas - não apenas humanas, mas também não-humanas, como os animais. Esse crime que derramou mais de 40 milhões de metros cúbicos de lama de minério na área rural de Mariana e deixou mais de 200 famílias sem casas e 19 pessoas mortas em Bento Rodrigues, além de muitos animais mortos, foi assinado pela Samarco, dos grupos Vale do Rio Doce e BHP.
Ficamos indignados por este caso não ter dado em nada na área penal (o Direito Penal só costuma funcionar para pobres), e a Vale do Rio Doce acaba de assinar mais um CRIME ambiental - o rompimento de barragem ocorreu na tarde de hoje (sexta, dia 25), também em Minas Gerais, mas desta vez em Belo Horizonte, em Brumadinho, na Grande BH. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, mais de 200 pessoas estão desaparecidas e inúmeros animais morreram - sem, sequer, terem tido a oportunidade de resgate.
As fotos abaixo são do caso desta sexta-feira:
O mar de lama, dessa vez, destruiu casas da região do Córrego do Feijão. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estão no local. A empresa disse, em nota, que "a prioridade total da Vale, neste momento, é preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade", e em nenhum momento falou sobre os animais locais e da região, que foram afetados e morreram.
O hospital da região já se prepara para receber feridos e dois helicópteros sobrevoam a região. As prefeituras regionais orientaram a população para que se mantenha longe do leito do Rio Paraopeba. O Instituto Inhotim está retirando funcionários e visitantes do local.
VEJA FOTOS DE MARIANA-MG:

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    Thaís Tostes

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