A Morte de Um ícone da Juventude Campista
26/01/2019 08:08 - Atualizado em 29/01/2019 03:53
Claudinha Arenari  representa para mim e muitos outros, uma fase lendária, romântica, libertária e eterna de uma juventude dos Anos 1970/1980, surfista de sonhos e rock’n’roll.
Na Via Veneno, loja ultrapop de propriedade dela com Sandra Caetano, tive a chance de expor na vitrine meus poemas. Ao lado, a Pipes, do Garibaldi, uma das primeiras surf shops de Campos, ambas na galeria do hoje extinto Cine Dom Marcelo, de Jorginho Mothé, na Rua 13 de Maio, 63.
Etiqueta ( Relíquia pessoal)
Etiqueta ( Relíquia pessoal) / Foto NinoBllny
Para um adolescente do interior do interior,(Morro do Côco), era como entrar dentro da Revista Pop, da Editora Abril, a primeira a narrar o universo jovem alternativo, remanescente da Era Hippie.
Relíquias pessoais: Cartão de visitas
Relíquias pessoais: Cartão de visitas / Foto NinoBllny
Ali fiz amigos pra vida, como Eduardo Caetano, Garibaldi, Antonio Luiz Baldan, Sandrinha, Maruza, Olga Acosta, Pigmeu, Nelsinho Meméia, Arthur Gomes, Marissol Lopes, Magu Marinelli, Julio Arenari( irmão de Cláudia), Edinho Black, Silvana Siqueira, Dorinha Viana, Cerqueira, Ricardo, Silvaninha, Tina Coutinho, Fernando Belo, Ricardo Barreto (Bolô) e Malagueta, ( depois converteria-se Hare Krishna), que mostrou ao Fernandinho Gomes meus trabalhos e estes passaram a ser publicados na sessão Corações & Mentes, da badalada coluna Mistura Fina na Folha da Manhã.
Assim também uma crônica minha saiu na pioneira Visual Surf, na época a bíblia do esporte no Brasil. Tudo eu devo à Claudia. Portas se abriram, janelas ventaram, amores surgiram, embora com ela, só mesmo paixão platônica, admiração e gratidão.
Etiqueta( Relíquia pessoal)
Etiqueta( Relíquia pessoal) / Foto NinoBllny
Ao ler a notícia no Facebook e no Blog Opiniões, de Aluysio Abreu Barbosa, ( Folha da Manhã Online) tive devolvido meus melhores anos, de campeonatos de surf e tae-kwon-do, de meninas lindas e ensolaradas, de amigos descolados, de uma juventude dourada.
Eu jamais desejaria na hoje surpreendentemente chuvosa Itaperuna, escrever sobre a morte de Cláudia Arenari, por isso o céu chorou comigo.

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    Nino Bellieny

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