Ponto Final - Prefeito de Macaé, Dr. Aluízio enfrenta resistência
29/12/2018 11:06 - Atualizado em 10/01/2019 16:14
Projeção
Atualmente sem partido, o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio (ex-MDB), já viveu momentos de grande popularidade, principalmente durante o primeiro mandato. Tanto que foi um dos poucos prefeitos da região que conseguiu a reeleição em 2016. No entanto, nos últimos dois anos a insatisfação tem sido grande. Apesar de ter metade da população, o município tem uma previsão de orçamento para 2019 maior do que Campos — R$ 2,3 bilhões contra R$ 2 bilhões na terra goitacá. Mesmo assim os problemas de infraestrutura e de serviços básicos como na Saúde são constantes e não raramente as reclamações vão parar no plenário da Câmara.
Isolamento?
Mas alguns fatores são sintomáticos e mostram um certo processo de isolamento do prefeito. Ou pelo menos uma mudança no rumo político em comparação com o seu passado. Depois de sair pelo PV, partido pelo qual se elegeu deputado federal e prefeito pela primeira vez, o chefe do Executivo macaense se filiou ao MDB fluminense, legenda envolvida nos maiores escândalos de corrupção do estado. Com a imagem desgastada, Dr. Aluízio deixou a sigla neste ano. Com relações estremecidas com o vice-prefeito e seu ex-secretário, o prefeito determinou o corte do salário de Vandré Guimarães, que anunciou a renúncia do cargo pouco antes do Natal.
Derrota na Câmara
Além disso, as votações dos projetos do governo na Câmara Municipal, que contavam antes com amplo apoio da bancada de situação, hoje encontram mais resistência. Dr. Aluízio ainda mantém maioria na Casa, mas nesta semana obteve uma derrota significativa no Legislativo. Ele enviou um projeto para remanejar o dinheiro destinado no orçamento das emendas impositivas dos vereadores para a Saúde e Educação, mas acabou derrotado. O placar foi de 7 a 6 pela aprovação, mas eram precisos nove votos. Líder da oposição, Maxwell Vaz (SD) disse que o prefeito fez a mesma coisa em 2017, mas que a verba não chegou na totalidade onde deveria.
Prisão especial
O governador Luiz Fernando Pezão (MDB) poderá permanecer preso em um Batalhão da Polícia Militar no próximo ano, mesmo após concluir o mandato. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, atendeu ao pedido da defesa e autorizou o cárcere especial para Pezão, que iria para um presídio comum em janeiro. Segundo a defesa, a permanência do emedebista no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, é necessária para evitar riscos à sua integridade física.
Alta médica
O vereador Jorginho Virgílio (PRP) passou por uma cirurgia de emergência, na última quinta-feira, para o tratamento de varicocele. O parlamentar postou nas redes sociais que o procedimento foi bem sucedido e que já recebeu alta. Esta é a quarta cirurgia pelo qual o político passou nos últimos dois anos. Ao final de janeiro, Jorginho precisou ficar afastado das funções por quase dois meses. “O quadro de varizes nas pernas por último veio se transformar em varicocele, mas com o Médico dos médicos à frente, mais uma vez a cirurgia foi bem sucedida”, disse o político.
Na conta
A Secretaria de Estado de Fazenda apresentou, ontem, os dados finais do exercício de 2018 do Tesouro estadual, que apontam, no próximo no dia 31 de dezembro, o saldo financeiro disponível de R$ 808.076.942,44. Com o saldo na Conta Única e a estimativa de receita, segundo a secretaria, não haverá dificuldades no próximo governo para o pagamento dos salários do mês de dezembro que, de acordo com o calendário atual, deverá ser quitado para os servidores ativos, inativos e pensionistas no décimo dia útil de janeiro. As estimativas da Fazenda são de que a receita total até o dia 15 de janeiro seja de R$ 2,37 bilhões.
Nova regra
O cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição vai mudar a partir da próxima segunda-feira, quando será acionada uma regra implementada por lei em 2015. A regra exige um ano a mais para homens e mulheres se aposentarem. A atual fórmula, conhecida como 85/95, vai aumentar um ponto e se tornar 86/96. Quem quiser se aposentar pela regra atual – e já cumpre os requisitos – têm até domingo (30) para fazer a solicitação. A partir do dia 31, para se aposentar com o tempo mínimo de contribuição a pessoa deverá ter 56 anos. A mesma soma precisará alcançar 86 e 96. A fórmula será aumentada gradualmente até 2026.

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