Cardoso Moreira, pequeno município com cerca de 14 mil habitantes, tem sido grande quando o assunto é relacionado a problemas envolvendo seus políticos. Este mês, por exemplo, o ex-prefeito e atual vice-prefeito, Renato Jacinto, foi condenado pela Justiça a devolver a quantia de R$ 470.902,22 que deixaram de ser repassados pela sua gestão ao Fundo Municipal de Previdência Social dos Servidores. Já o ex-prefeito Gegê Cantarino é alvo de Ação Civil Pública (ACP) movida pelo Ministério Público Estadual (MPE). Ele é investigado por suspeita de violar normas de direito financeiro previstas na Constituição Federal, na Lei de Responsabilidade Fiscal, na Lei 4.320/64 e no Código Penal.Dentre os atos ilícitos estão a violação do equilíbrio orçamentário, o cancelamento ilegal de restos a pagar e a emissão de notas fiscais sem o respectivo empenho.

De acordo com as investigações, as condutas de Cantarino causaram danos superiores a R$ 1,3 milhão. A Folha tentou, mas não conseguiu, contato com os dois políticos por telefone.

 

De acordo com o MP, na sua gestão como prefeito, Renato não repassou os repasses devidos ao Fundo de Previdência dos Servidores Municipais no período de dezembro de 2004 a dezembro de 2008.

Além de ressarcir os cofres públicos, Renato terá que arcar com os juros de 1% ao mês e também as custas do processo - 10% do valor da condenação.