Uma Nova Greve dos Caminhoneiros
Caminhoneiros de todo o país estariam se articulando para dar início a uma nova greve. De acordo com a revista Veja, líderes da categoria têm discutido a possibilidade de uma nova paralisação, dessa vez motivada pela falta de fiscalização do governo contra as empresas que seguem descumprindo a tabela do frete mínimo, acordada no final da última greve, que aconteceu em maio deste ano.

“Estão todos [os caminhoneiros] revoltados. A questão do piso mínimo foi só uma jogada para parar a greve. Ninguém está cumprindo, e o governo não fiscaliza e tampouco multa”, explica Ivar Luiz Schmidt, representante do Comando Nacional do Transporte.
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Um estudo realizado pela consultoria The Boston Consulting Group mostra que a criação da tabela do frete mínimo não conseguiu corrigir os problemas que levaram ao início da greve. Pelo contrário: segundo o levantamento, ela teria sido responsável por prejuízos para o país.

Em outubro, a ANTT-Agência Nacional de Transportes Terrestres  afirmou que a tabela estava vigente e que estava fiscalizando as empresas. “A agência tem intensificado as fiscalizações para o cumprimento dessa tabela em todo o Brasil, de acordo com a resolução nº 5.828, de 6 de setembro de 2018, que inclui a notificação aos responsáveis pelo não cumprimento dos pisos mínimos do transporte rodoviário de cargas, instituídos pela resolução nº 5.820/2018”, Indica um comunicado. Os caminhoneiros dizem o contrário.

Por norma, as empresas que não cumprirem o acordo devem ser punidas com multas que vão de R$ 500 a R$ 10,5 mil.

Condições

Schmidt informa que não há data para a greve, e que ela pode acontecer a qualquer momento. “Penso que o governo tem opções que podem ser utilizadas para evitar isso. Não existe data. Pode acontecer a qualquer momento e em qualquer lugar.” Ele ressalta que cabe ao governo fazer com que as leis que protegem a categoria sejam cumpridas. “Nenhuma outra solução será tão eficaz e definitiva quanto essa. A lei já existe, já está sancionada e publicada. Basta o governo fazer cumprir”, indica.

A lei determina que um motorista profissional deve trabalhar oito horas por dia, podendo realizar até duas horas extras. Em caso de acordo coletivo, as horas extras podem chegar a quatro. Schmidt conta que não é o que acontece.

“Hoje, todos trabalham em média dezesseis horas diárias. Alguns rodam três ou quatro dias seguidos sem dormir, pois acham que a solução da baixa rentabilidade é trabalhar mais. Daí que ocorrem os acidentes. Imagina como está no final do dia um profissional que trabalhou dezesseis horas?”, indaga.
Matéria do Yahoo Finanças, por sua vez com informações da Revista Veja

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    Nino Bellieny

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