Furna da Onça: TRF decide por prisão preventiva de parte dos investigados
13/11/2018 13:05 - Atualizado em 13/11/2018 13:17
O desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), converteu em preventiva parte das prisões da operação Furna da Onça. Desdobramento da Cadeia Velha e deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, a ação foi desencadeada para investigar a participação de deputados estaduais em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada, principalmente no Departamento de Trânsito (Detran).
Em decisão exarada nessa segunda-feira (12), Abel Gomes decretou que os deputados acusados André Correa (DEM), Coronel Jairo (MDB), Chiquinho da Mangueira (PSC), Marcos Abrahão (Avante), Luiz Martins (PDT) e Marcus Vinicius Neskau (PTB), que estavam presos temporariamente, passassem à prisão preventiva. Também foi confirmada a prisão preventiva dos deputados Paulo Melo, Jorge Picciani e Edson Albertassi, os três do MDB. Os três estão presos desde a Cadeia Velha, em novembro do ano passado — no caso de Picciani, em prisão domiciliar.
 
 
A prisão temporária tem prazo de cinco dias, prorrogável por mais cinco, e é usada para garantir o sucesso da coleta de provas. Já a prisão preventiva não tem prazo predefinido e é um recurso usado pela justiça para impedir novos crimes e preservar o inquérito.
 
 
Em relação ao deputado Marcelo Simão (PP), a decisão determina que ele fique proibido de frequentar a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e que entregue seu passaporte à Justiça.
 
 
Outro preso temporário que teve a prisão preventiva decretada foi o ex-secretário de Governo do Estado Affonso Henrique Monerat. A conversão em prisão preventiva também foi decretada para Daniel Marcos Barbirato de Almeida, que é enteado do deputado Luiz Martins; José Antonio Wermelinger Machado, chefe de gabinete de André Correa; e Leonardo Mendonça Andrade, assessor do deputado Marcos Abrahão. Assessores do deputado Paulo Melo, Andreia Cardoso do Nascimento e Fabio Cardoso do Nascimento tiveram a prisão preventiva decretada na mesma decisão.
 
 
O desembargador não renovou nem converteu a prisão temporária para quatro acusados. O texto traz a proibição de exercício de função pública para o presidente do Detran, Leonardo Silva Jacob, e para a ex-chefe de gabinete de Edson Albertassi, Shirley Aparecida Martins Silva. O exercício de função pública foi suspenso para a chefe de gabinete de Marcos Abrahão, Alcione Chaffin Andrade Fabri, e para um assessor do deputado Coronel Jairo, Jorge Luis de Oliveira Fernandes.
 
 
A decisão determina que sejam postos em liberdade Jennifer Souza da Silva, Jorge Luiz Ribeiro, Marcus Wilson Von Seehausen e Vinícius Medeiros Farah.
Fonte: Agência Brasil
 
 

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