No próximo domingo os brasileiros e a população do estado irão escolher o próximo presidente da República e o governador do Rio de Janeiro. No entanto, os eleitores de Aperibé e Laje do Muriaé, no Noroeste Fluminense, também irão eleger novos prefeitos para governarem os municípios até 2020. As eleições suplementares foram convocadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) depois que os prefeitos das duas cidades foram cassados por decisão do plenário da Corte.

Além de Aperibé e Laje do Muriaé, o município de Mangaratiba, na Região Metropolitana, também terá eleição suplementar para prefeito neste final de semana. O TRE informou que a ordem de votação será para governador primeiro, seguido por presidente e a escolha do prefeito para fechar.

De acordo com Geovane Duarte, chefe de cartório da 34ª Zona Eleitoral de Santo Antônio de Pádua, responsável pela eleição em Aperibé, houve um trabalho no município com informações sobre o pleito e a ordem de votação. Ao todo, as urnas das 30 seções eleitorais da cidade já foram lacradas e serão transportadas somente no domingo.

O prefeito eleito em 2016, Flávio Berriel, o Dezoito (PP), foi considerado culpado e cassado por distribuição de material de construção para a população de baixa renda dias antes do pleito de 2016. À sucessão de Dezoito irão concorrer o presidente da Câmara e prefeito interino, Virley Figueira (PP), o empresário Inácio Zanata (PSC) e o industrial Vanderlar da Silva (PSDB).

Já em Laje do Muriaé, onde o pleito suplementar está sendo organizado pela 132ª Zona Eleitoral de Miracema, o chefe de cartório Valério Soares informou que as ocorrências da fiscalização eleitoral ocorreram dentro da normalidade. As urnas eletrônicas das 21 seções também foram lacradas e serão levadas aos locais de votação no domingo.

A Justiça Eleitoral afastou o prefeito de Laje, Dr. Rivelino (PP), por tentativa de compra de voto da filha de uma eleitora. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Eleitoral, Rivelino teria prometer entregar um portão e construir um muro em troca dos votos. Estão na disputa pela Prefeitura o presidente da Câmara, Cazé (Pode), o agricultor José Bernardo (Avante), o ex-prefeito José Eliezer (MDB), o vereador Alexandre Pestana (PP) e o servidor aposentado Werneck (DEM).

Tanto Dezoito quanto Rivelino negam as acusações e recorrem das decisões, mas não conseguiram liminar para impedir a eleição, como aconteceu em Iguaba Grande.