TRF2 nega pedido de Garotinho para afastar desembargador
26/10/2018 12:44 - Atualizado em 26/10/2018 12:49
Sem ter muito o que fazer após ser barrado pela Justiça Eleitoral e sai da corrida ao Governo do Estado, o ex-governador Anthony Garotinho (PRP) anda dedicando seu tempo a criticar Eduardo Paes (DEM). Depois de excluído do processo eleitoral, chegou a insinuar que poderia apoiar Wilson Witzel (PSC), conforme fossem suas propostas.
Enquanto isso, continua acumulando derrotas na Justiça: Quinta-feira, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) negou, por unanimidade, pedido de Garotinho para afastar o desembargador Marcello Granado, que havia questionado a parcialidade do desembargador, argumentando que era era favorável ao candidato ao Palácio Guanabara, o ex-juiz Witzel. Granado replicou no Facebook postagem do procurador de Justiça Marcelo Rocha Monteiro sobre uma entrevista de Witzel a um jornal.
Garotinho pretendia que Granado fosse retirado do processo no qual foi condenado por quadrilha armada a quatro anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto. Para o desembargador Abel Gomes, o Granado apenas compartilhou em seu perfil a postagem do promotor. Gomes explicou que o ex-juiz fala na matéria sobre questão jurídica envolvendo a legítima defesa e que, por isso, o promotor de justiça a replicou com o comentário “até que enfim um candidato que conhece o Código Penal”.
Gomes entendeu que a motivação do magistrado, que é professor de direito processual penal, foi acadêmica e não política: “A postagem não representa manifestação de apoio político ou engajamento em campanha eleitoral e nem sequer demonstra inclinação para votar no candidato Wilson Witzel”, concluiu.
O TRF-2 confirmou condenação de Garotinho por envolvimento no esquema investigado na Operação Segurança Pública S.A. O caso envolve a nomeação de policiais civis, que assumiam delegacias da Zona Oeste, para favorecer o contrabando de peças para máquinas de apostas e permitir a exploração do jogo ilegal, pelo grupo comandado pelo contraventor Rogério Andrade. Garotinho está em liberdade, graças a uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski, do STF.
(Fonte: O Dia) 
 
 

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    Suzy Monteiro

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