Voto, uma escolha consciente
- Atualizado em 16/10/2018 17:10
Voto, uma escolha consciente
 
Ninguém em sã consciência ousaria negar que o voto constitui um instrumento secreto e decisivo do cidadão. Mas também ninguém em sã consciência afirmaria que o simples ato de votar, a cada dois anos, esgote em si mesmo os “direitos e deveres” de uma verdadeira cidadania. Esta, quando real e eficaz, inclui outros compromissos bem mais complexos e empenhativos que o fato de depositar o voto na urna. Fato que, nas chamadas democracias ocidentais, em lugar de uma participação livre, consciente e decisiva, cumpre não raro uma função meramente simbólica e emblemática. É assim que entre as três formas de voto – voto de cabresto, voto de transferência e voto consciente – podemos dizer que enquanto a primeira vai diminuindo e a última crescendo, prevalece ainda a segunda forma de voto. Isto é, muitos eleitores votam e voltam para casa, como se a urna fosse o lugar para transferir aos representantes eleitos o exercício da própria cidadania. Cidadania é coisa que não se transfere: embora o político eleito, pelo fato de sê-lo, adquira maior visibilidade na administração publica, compete a cada eleitor buscar espaços alternativos de participação.
Feitas essas ressalvas, retomemos os compromissos da cidadania. O primeiro deles tem um alcance limitado e local, mas de forma alguma negligenciável. E a pergunta é muito simples: de que maneira cada cidadão acompanha a administração pública de sua rua, de seu bairro, de seu município, do seu estado, do seu país?
O Poder Público em seus mais variados órgãos e instâncias se faz presente no cotidiano da vida?
Outras perguntas tomam lugar no cenário da atividade política: como se comportam as pessoas públicas eleitas, seja no âmbito do poder executivo (municipal, estadual e nacional), seja nas atividades do poder legislativo, como vereadores, deputados e senadores? Em geral, no programa do partido notar-se-á sempre uma discrepância entre as “promessas do candidato” durante a campanha eleitoral e a “realização do político” eleito no exercício do mandato. Por fim, mas não em último lugar, chegamos a tarefa mais exigente da cidadania numa efetiva prática democrática. Além de escolher os candidatos do voto e fiscalizar a presença (ou não) do poder público na vizinhança, todo cidadão tem o “direito e o dever” de acompanhar de perto a ação múltipla e plural do poder público. O que significa participar ativamente das decisões que orientam os destinos do país, especialmente no que se refere à sua política econômica, social e cultural. Aqui a informação e a formação correta exercem um papel de fundamental importância. Em síntese, político representativo, de um lado, e eleitor cidadão, do outro, constituem duas faces da mesma moeda, dois pólos da prática política. São, portanto indissociáveis, indivorciáveis.
Em síntese, não basta o voto puro e simples. Não basta a visita periódica à urna, seguida de um “lava-mãos”: fiz a minha parte, os políticos que façam o resto! Não basta a fidelidade do eleitor. É preciso que o cidadão o seja de fato, assumindo o direito e o dever de exercer a cidadania. Nessa perspectiva, faz-se necessário criar e/ou fortalecer outros canais, instâncias e mecanismos de participação popular. São instrumentos que podem ajudar não somente no controle sobre o comportamento público dos eleitos, orçamento do município, do estado e da União. E mais, na pressão consciente e organizada para implementar ou melhorar os serviços.
Muitas pessoas não conhecem o poder do voto e o significado que a política tem em suas vidas. Numa democracia, como ocorre no Brasil, as eleições são de fundamental importância, além de representar um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um péssimo governante pode representar uma queda na qualidade de vida.
O voto deve ser valorizado e ocorrer de forma consciente. Devemos votar em políticos com propostas voltadas para a melhoria de vida da coletividade. Os caminhos da vida são feitos de decisões e escolhas. Assim, o que cada um de nós é hoje, seja na sua vida profissional, seja na sua vida pessoal, é conseqüência destas escolhas e das ações adotadas para efetivá-las.
A todo o momento, queiramos ou não, conscientes ou inconscientes, por ação ou omissão, estamos sempre fazendo escolhas. E nunca é demais lembrar que não escolher já é uma escolha. Se quisermos ser os timoneiros da nau da nossa vida, devemos procurar ser conscientes das escolhas que fizemos e estamos fazendo, pois é esta consciência que nos permite assumir a responsabilidade pelos nossos atos.
A riqueza de nossa vida está muito relacionada aos significados que damos ao que fazemos.
O primeiro excludente para o voto é verificar se o candidato não é corrupto, bem como seu grupo político! Corrupção NUNCA! Este deve ser sempre o primeiro critério, que na verdade deveria estar intrínseco em cada pessoa, pois ser honesto é obrigação de todos! Que possamos reacender o amor à nossa pátria, e que nosso chão possa ser colorido de Verde e Amarelo!
A vida é a arte das escolhas, dos sonhos, dos desafios e da ação.
Bom domingo eleitoral para todos!
Com afeto,
Beth Landim

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