O caso do táxi de São Paulo que foi encontrado com marcas de sangue, na manhã dessa terça-feira (4), no distrito de Ibitioca, em Campos, teve um novo capítulo: o dono do veículo, o taxista José de Oliveira Filho, 62 anos, foi encontrado morto na noite de terça, em uma ribanceira na zona rural de Rio Bonito, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, ele foi assassinado com um tiro na nuca. Três delegacias de polícia estão envolvidas na investigação do caso. A polícia informou que nenhum suspeito foi preso.

José trabalhava como taxista há mais de 40 anos e atuava em um ponto de táxi localizado no Terminal Tietê, na cidade de São Paulo. Ainda segundo a Polícia Civil, ele aceitou uma corrida da capital paulista para o município de Campos. O taxista era casado há cerca de 20 anos, e a esposa dele fez um boletim de ocorrência na 9ª Delegacia de Polícia (Carandiru), que fica na cidade de São Paulo. O último contato de José com a família foi na noite de segunda-feira, quando ele ligou para a mulher para avisar que tudo estava bem.

Segundo policiais da delegacia de Carandiru, o grupo que entrou no táxi era formado por um casal, um homem e sete crianças, sendo que a maioria é de colo. Ao ser abordado pelo bando, o motorista aceitou levar a família para Campos, pelo valor de R$ 1.500. Os suspeitos pagaram R$ 900 antecipados para convencer o trabalhador.

A polícia trabalha para saber o paradeiro do grupo. Dentro do automóvel do taxista, um Cobalt de cor branca, foram encontradas mamadeira e roupas ensanguentadas, incluindo fraldas de pano. Quando o carro foi encontrado, nenhum corpo ou ocupante estava no interior dele. O veículo foi periciado nessa terça-feira (4), na 134ª Delegacia de Polícia (Centro), para auxiliar na investigação. Imagens de câmeras instaladas na BR 101 na região do Rio de Janeiro, serão analisadas.

O encontro de cadáver foi registrado na 119ª Delegacia de Polícia (Rio Bonito), que também participa da investigação do caso. O corpo de José foi removido pelos bombeiros para o Instituto Médico Legal (IML) de Araruama.