Dib’s Hauaji foi contratado pela empresa Redentor para fazer as fotos da inauguração do cemitério Campo da Paz, nos anos 70. Dib’s imaginava comprar um carro novo, já que recebera a encomenda de vários álbuns. Mas acabou entrando em uma tremenda contramão.
Durante a solenidade, que reuniu o prefeito Raul Linhares, o bispo Dom Antônio de Castro Mayer e outras autoridades, a maioria trajando terno, Dib’s incomodava-se com um sujeito, escuro, vestindo camisa pólo e tênis, que se colocava em todas as fotos que ia fazer.
Dib’s procurava a todo custo tirá-lo das fotos, chegando mesmo a chamar-lhe a atenção.
— Meu amigo, não atrapalha!
Em todo o evento, Dib’s acha que fez mais de mil fotos e que terminou a jornada achando que conseguira tirar o sujeito “mala” de todas elas.
Dias depois, Dib’s foi ao Campo da Paz entregar as fotos e receber por elas. A informação que recebeu é a de que teria que ir ao escritório da Redentor, no Rio, porque o dono queria vê-lo e acertar pessoalmente pelo serviço.
Dib’s assim fez. No endereço, na Av. Rio Branco, ficou impressionado com a sofisticação do espaço. Foi levado por uma secretária à sala principal. Qual não foi a surpresa: quem estava ali era Hélio Alves de Azevedo, o tal negão excluído de suas fotos.
— Bom dia, seu Dib’s! Eu vim atendê-lo só para o senhor me ver! Não precisa dizer nada. Vamos tratar de negócios. Cada foto em que eu estiver, o senhor faz 50 cópias, tamanho 30 por 40 e manda para mim. Nas que eu não apareço o senhor enfia no rabo...
Fonte: "A Imprensa de Campos pelo avesso - 400 gafes e pérolas" - Venda exclusiva na Livraria Noblesse