Artilharia pesada
02/09/2018 19:34 - Atualizado em 02/09/2018 19:41
A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), disparado o candidato de maior tempo de TV na propaganda eleitoral obrigatória em rádio e TV, devido à aliança com o Centrão em troca de inconfessáveis interesses, centrou fogo em Jair Bolsonaro (PSL).
Como tem grande tempo, Alckmin o usa parte para expor a sua própria imagem no vídeo; parte com apresentador(a), para divulgar suas idéias sem se expor em demasia, até porque não é carismático; e, como precisa crescer nas pesquisas, usa parte para atacar os seus adversários.
O seu adversário direto é Bolsonaro e nisso ele acerta. Penso que, sem Lula, condenado e preso, a eleição será de 2 turnos. Uma das vagas é da esquerda. A disputam Haddad, Marina e Ciro, sendo os dois primeiros os com mais chances, em especial o candidato de Lula.
A outra vaga é, digamos, da "centro-direita". Bolsonaro lidera as pesquisas e é o favorito para esta vaga. Dos candidatos deste "lado", o único que, em tese, teria chances de ameaça-lo é justamente Alckmin, pelo porte do partido, por ser nacionalmente mais conhecido, pelo arco de alianças, pela estrutura partidária e pelo próprio tempo de TV.
O primeiro passo para Alckmin pensar em ser presidente é derrotar Bolsonaro na briga pela vaga no 2º turno. Por isto busca desconstrui-lo. Para atingir esse objetivo usou vídeos, sem identificação clara de que é ele quem ataca, para mostrar que não se resolve os graves problemas no país na bala e para exibir a agressividade no trato de Bolsonaro com as mulheres em algumas ocasiões.
Deve vir mais por aí. Resta saber como Bolsonaro, bastante agressivo com os seus adversários, em especial o PT, reagirá ao ter que se defender.

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    Christiano Abreu Barbosa

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