Ponto Final - PT busca sobrevivência em cenário político
07/08/2018 10:52 - Atualizado em 13/08/2018 13:53
Sucesso
Os dois primeiros dias do I Campos Blues & Jazz Festival, nesse domingo (5) e segunda-feira (6), foram um sucesso. O público compareceu em peso ao Jardim do Liceu para prestigiar os artistas e se deliciar com música de qualidade e cervejas artesanais da terra, além de diversas opções gastronômicas. O festival terá continuidade no próximo final de semana, com mais atrações musicais de um estilo que tem seu primeiro evento em Campos, com apoio da Folha da Manhã, mas já é tradição na cidade de Rio das Ostras.
Troca
Com o fim das convenções partidárias, no último domingo, 14 presidenciáveis se lançaram à disputa ao Palácio do Planalto. No entanto, ontem, o PCdoB anunciou que Manuela D’Ávilla será vice na chapa do PT “em qualquer circunstância”. Em uma carta, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba, havia indicado o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) para ser seu vice. No entanto, no acordo firmado entre os dois partidos, D’Ávilla substituiria Haddad caso a Justiça Eleitoral indefira a candidatura de Lula ou será vice do paulistano se o ex-presidente não puder ser candidato.
Desistiu
Enquanto isso, a defesa de Lula desistiu de um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender a prisão do petista. Caso o plenário do STF analisasse o pedido dos advogados agora e os ministros decidissem que o ex-presidente está inelegível, com base na Lei da Ficha Limpa, não haveria mais instância superior para ser apelada. Se o registro de candidatura de Lula seguir os trâmites normais da Justiça Eleitoral, passando antes pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato do PT teria mais tempo para deixar sua campanha na rua e, somente depois, recorrer ao Supremo.
Sobrevivência
Chamuscado com o encarceramento do seu principal líder, o PT busca sobreviver a qualquer custo, ainda que o preço seja o constrangimento e a humilhação de alguns de seus quadros regionais mais importantes. Da prisão em Curitiba, Lula comanda o jogo e move as peças do tabuleiro. Como já havia feito no Maranhão há quatro anos, quando trocou um aliado (Flávio Dino, atual governador) pelo PMDB da família Sarney, a bola da vez na eleição deste ano foi a vereadora Marília Arraes.
Sacrificada
Neta de Miguel Arraes, então pré-candidata ao Governo do Estado de Pernambuco, Marília foi sacrificada em nome de um acordo com o PSB do governador Paulo Câmara, candidato à reeleição. O PT não lança candidato no estado. A contrapartida do PSB nesse jogo foi descartar em Minas a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda ao Palácio da Liberdade para apoiar a reeleição do petista Fernando Pimentel.
Maldição
Em 1998, ao governo estadual no Rio de Janeiro, o PT também abortou a candidatura de Vladimir Palmeira para fazer um acordo com o PDT na eleição de Anthony Garotinho. Na hora de dividir os cargos entre petistas e seus antigos aliados, o ex--governador passou um atestado de ingratidão em quem lhe ajudou na eleição, ao chamar o PT de “partido da boquinha”. Desde então, o PT nunca mais se aprumou no estado.
Tempo de TV
Um levantamento com base em um estudo de analistas do banco BTG Pactual mostra que o candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) terá mais tempo do que outros cinco adversários juntos no horário eleitoral na televisão. Alckmin terá direito a seis minutos e três segundos de tempo em cada bloco de propaganda, cujo tempo total é de 12 minutos e 30 segundos. Juntos, Lula, Henrique Meirelles (MDB), Álvaro Dias (Pode), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) terão cinco minutos e sete segundos. Isso se deve, principalmente, ao acordo do tucano com o “centrão” (PP, PTB, PSD, SD, PRB, DEM, PPS, PR), que possui a maioria dos deputados na Câmara.
José Renato

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