Registros de Virgílio e Kellinho contestados
Suzy Monteiro 23/08/2018 21:32 - Atualizado em 29/08/2018 16:03
Thiago Virgílio e Kellinho
Thiago Virgílio e Kellinho / Montagem / Folha da Manhã
Condenados em segunda instância na Chequinho, os candidatos a deputado estadual Kellenson “Kellinho” de Souza (Pros) e Thiago Virgílio (PTC) tiveram os registros de candidatura impugnados pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE). Para a PRE, a Lei da Ficha Limpa (LC 135/2010) tornou os dois inelegíveis até 2024 por terem sido condenados pela Justiça Eleitoral em Campos e depois pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no esquema criminoso em busca de votos nas eleições de 2016. Os dois vão recorrer.
A Procuradoria Eleitoral destacou que os dois deixaram os cargos de vereadores por terem sido condenados em segunda instância por abuso de poder político e econômico cometido por meio de um esquema que usava o programa Cheque Cidadão, da Prefeitura de Campos, para a compra de votos.
A PRE consultou os tribunais superiores e verificou que não há decisão cautelar que suspenda a inelegibilidade de Kellinho e Thiago Virgílio. O TRE/RJ, que julga o registro de candidaturas já notificou ambos para se defenderem e, se necessário, produzirem prova testemunhal e documental.
Depois de apresentada a defesa, a Corte Regional marca o julgamento. Em qualquer caso, resultado positivo ou negativo para os candidatos, cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com Thiago Virgílio, sua defesa será apresentada até domingo, quando expira o prazo.
“Se o TRE negar, pediremos ao TSE e, se necessário, vamos até o STF (Supremo Tribunal Federal). Ou seja: seremos candidatos de qualquer maneira, mesmo sub-judice. No nosso entendimento, o processo da Chequinho foi uma armação contra Garotinho e nosso grupo e que está com seus dias contados. Não temos dúvidas. O que preciso fazer é ganhar a eleição. Tenho certeza que meus votos serão validados. Tenho certeza que, até a data da diplomação, em 19 de dezembro, toda a operação Chequinho cairá por terra”, afirmou.
Advogada de Kellinho, Diana Lobo disse que ainda está dentro do prazo de recurso (que termina amanhã). Ela disse acreditar que será possível reverter a situação: “Estamos estudando as possibilidades e acredito que conseguiremos reverter”, disse.

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