Repetição exaustiva
17/08/2018 15:55 - Atualizado em 17/08/2018 16:13
Do jornalista Péris Ribeiro: 
A Copa do Mundo se foi, fazendo da França a sua campeã, e os grandes clubes da Europa já deram o pontapé inicial, visando a uma nova temporada de muitas competições. Então, em meio a vários questionamentos, o principal deles diz respeito ao que se pode esperar para 2018 / 2019. Na verdade, a pergunta é: o que será visto como novidade nos campos do Velho Mundo?
 Pelos exemplos deixados na Copa da Rússia, a expectativa não é lá das mais promissoras. E, ao que tudo indica, teremos a exaustiva repetição de tudo o que já vimos nestes últimos anos. A monotonia da posse de bola, inaugurada pela Espanha em 2008 - e que a levou a ser campeã jogando assim, na Copa do Mundo da África do Sul -, já deu o que tinha de dar. E a maioria dos times, usando esquemas fechados e querendo decidir os jogos nos contra-ataques, não mostram a eficiência por eles imaginada.
 Então, a esperança recai numa expectativa tão antiga quanto o futebol: o craque! Afinal, nos chamados momentos críticos, era o craque que ia lá e decidia. E não só os jogos decisivos, mas os próprios campeonatos. Só que, agora, grandes jogadores andam escassos - e o craque se insere aí, como um personagem raro; quase em extinção.
 Segundo o meio-campista Xavi, parceiro de Messi naquele Barcelona multicampeão de Pep Guardiola, a tecnologia bem que tentou de tudo nos últimos tempos. "Avançou aonde pôde, mas não conseguiu produzir nos laboratórios um super craque. Muito menos um gênio, como Lionel Messi".
 Que nos preparemos, pois, para ver muita correria desenfreada por aí. E um calendário cada vez mais desumano, asfixiando os jogadores em competições praticamente todos os dias.
 Quanto à qualidade...
 
 
 
 

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    Saulo Pessanha

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