Audiência sobre Carla Dolinski será no dia 8
Suzy Monteiro 13/07/2018 21:45 - Atualizado em 16/07/2018 14:03
A juíza Maria Daniella Binato marcou para o dia 8 de agosto, às 10h, a audiência de instrução e julgamento de notícia crime contra a delegada da Polícia Federal Carla Dolinski. Ex-titular da delegacia da Polícia Federal de Campos, recentemente, Carla foi apontada pelo grupo do ex-governador Anthony Garotinho (PRP) como uma “bomba” que poderia anular a operação Chequinho, o que, pelo menos até o momento, não aconteceu.
No final de abril, a delegada foi notícia em uma ampla reportagem de um telejornal do SBT. A reportagem mostrou depoimento de Carla, onde ela relatou supostas irregularidades na operação Chequinho, ocorrida em Campos a partir de setembro de 2016, e que levou à prisão e condenação de vários vereadores e do ex-governador Anthony Garotinho, além da condenação, também, da ex- prefeita Rosinha Garotinho (Patri).
O depoimento de Carla Dolinski, já investigado e arquivado pelo Tribunal de Justiça, foi apontado como uma “bomba” pelo grupo do ex-governador, que o tem utilizado como forma de desacreditar a Chequinho.
O ex-governador Garotinho, inclusive, já chamou a delegada para ser sua testemunha de defesa em outra operação, na Caixa d’Água, o que já foi negado pela Justiça.
No final de maio, a delegada ingressou com um habeas corpus junto ao Tribunal regional Eleitoral (TRE), com pedido de liminar, reclamando do indeferimento de algumas testemunhas de defesa na notícia crime em que ela é noticiada e que terá audiência dia 8 de agosto. O autor na notícia crime é o Ministério Público Eleitoral (MPE).
O HC trazia na defesa da delegada o advogado Fernando dos Santos Azeredo, que também é advogado dos Garotinho na Chequinho e na Caixa d’Água.
Denúncias - O depoimento da delegada, prestado em novembro de 2016, consta de um Processo Investigatório formulado pela ex-prefeita Rosinha Garotinho (Patri) contra o delegado federal Paulo Cassiano Jr, o também delegado federal Marco Aurélio Pereira Reis Júnior, o promotor de Justiça Leandro Manhães e o juiz Glaucenir de Oliveira.
No depoimento, prestado na sede da PF, a delegada aponta o que seriam as irregularidades cometidas nas investigações. Também afirmou que aconteceram prisões irregulares e que uma representação elaborada pelo promotor Leandro Manhães foi assinada pelo delegado Paulo Cassiano,
Mesmo com a delegada federal Carla Dolinski respondendo por peculato, falsidade de documento público, ação de improbidade, desobediência e processo administrativo, as denúncias feitas por ela foram investigadas. O arquivamento foi determinado pelo desembargador Carlos Santos de Oliveira ocorreu por “ausência de justa causa para a persecução penal”. 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS