Idealizador do Porto do Açu, Eike Batista é condenado a 30 anos de prisão
03/07/2018 12:43 - Atualizado em 03/07/2018 13:00
O juiz Marcelo Bretas condenou Eike Batista a 30 anos de prisão e a pagar uma multa de R$ 53 milhões no processo em que o ex-bilionário foi investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) de corrupção ativa dentro do âmbito do esquema do ex-governador Sérgio Cabral (MDB). A informação é do jornalista lauro Jardim, em seu blog (aqui) no jornal O Globo.
Eike foi acusado de pagar propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador. Nas investigações, foi apontado que a contrapartida de Cabral a Eike foi o Porto do Açu (confira detalhes aqui), iniciado em São João da Barra pelo dono do Grupo X. Quando foi questionado diretamente por Bretas se houve algum acerto de propina pelo empreendimento, o empresário ficou em silêncio (aqui).
Ex-braço-direito de Eike e ex-vice-presidente do Flamengo, Flavio Godinho foi condenado a 22 anos de prisão.
Em sua justificativa, Bretas diz que a “arquitetura criminosa foi engendrada pela própria empresa (de Eike), sendo de muito difícil detecção para os órgãos de investigação, e não por acaso durante muitos anos o condenado logrou evitar fossem tais esquemas criminosos descobertos e reprimidos. Trata-se de pessoa que, a despeito de possuir situação financeira abastada, revelou dolo elevado em seu agir”.
Na mesma sentença, Bretas condena também Cabral a mais 22 anos e oito meses de prisão por corrupção passiva, assim como Adriana Ancelmo a mais 4 anos e seis meses.

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    Arnaldo Neto

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