Ponto Final - Sem apoio definido
09/06/2018 11:28 - Atualizado em 12/06/2018 13:31
Sem apoio definido
O governador Luiz Fernando Pezão (MDB) esteve em São João da Barra, ontem, para retomada das obras da ponte da Integração, paralisadas há cerca de dois anos e meio. A menos de quatro meses da disputa para quem irá sucedê-lo, Pezão não confirmou se vai declarar apoio a algum candidato, assegurou que vai atuar da forma que o partido determinar. Da última vez que esteve em SJB, em novembro do ano passado, não titubeou ao afirmar que o nome do então PMDB, agora MDB, na corrida ao Guanabara era o de Eduardo Paes, hoje filiado ao DEM.
Apoio velado?
Mesmo que em partidos diferentes, Pezão não poupou elogios a Paes. Considera o ex-prefeito da capital fluminense “um grande homem público”. Eduardo, apesar de ser o segundo colocado na única pesquisa de intenção de votos registrada no Rio, diz não estar pensando em candidatura no momento. E se tivesse, será que contaria com o apoio dos seus aliados nos tempos de PMDB? A eleição de 2018 se configura como um grande teste para o partido, que já foi considerada a maior potência política do Rio, mas sofreu duros golpes com o braço fluminense da Lava Jato.
Salário dos servidores
Pezão diz ter enfrentado a crise de peito aberto. Na sua gestão, certamente, um dos períodos mais complicados foi o de salários atrasados dos servidores e pensionistas. Ontem, ele informou que a previsão é de quitar os proventos deste mês no dia 14 de junho. Durante a semana, a chegou a ser levantada a possibilidade de não ter prazo para o depósito, em decorrência da greve dos caminhoneiros que parou o país no mês passado. O governador diz estar otimista para manter o prazo e não querer mais ter atrasos em sua gestão.
Primeiro passo
O problema da violência sem precedentes que atinge a região necessita de mobilização popular e política. Ontem, as Câmaras Municipais de Campos e Macaé realizaram audiências públicas com autoridades e membros da sociedade civil para debater o assunto. O vereador campista Thiago Ferrugem (PR) disse que vai encaminhar as sugestões ao interventor federal na Segurança Pública do Estado do Rio, general Braga Neto. O comandante da Polícia Militar de Campos, Fabiano Souza, alertou para a importância de soluções serem encontradas a partir da intervenção.
Viva Rio
Já em Macaé, o pré-candidato ao Palácio Guanabara e fundador da ONG Viva Rio, o antropólogo Rubem César Fernandes, afirmou que os números da violência mostram que o Estado está em guerra. Fernandes também defendeu que a política de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) deveria ser restrita a comunidades de menor porte, como as encontradas nas cidades do interior. O estudioso também defendeu a valorização dos policiais militares e uso das Forças Armadas em ocupações para liberar os PMs para patrulhamento nas ruas.
Privatizações
O projeto de concessão de 13 rodovias estaduais à iniciativa privada foi tema de audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta semana. Ao todo, aproximadamente 200 quilômetros podem deixar de ser administrados pelo poder público. O processo ainda está em fase preliminar. Em abril, o Governo do Estado lançou um edital de chamamento público às empresas interessadas em realizar estudos sobre as estradas.
Porto na rota
Entre as vias que podem ser concedidas à iniciativa privada, estão a RJ 155, que liga a rodovia Presidente Dutra à Rio-Santos, e a RJ 106, que liga os municípios de São Gonçalo e Macaé. A proposta também prevê a construção da rodovia RJ 244, que irá conectar a BR 101, na altura de Campos, ao Porto do Açu em São João da Barra.
José Renato

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