Ponto Final - Violência no interior
19/05/2018 20:03 - Atualizado em 28/05/2018 17:09
Violência no interior
A escalada da violência em Campos, especialmente na área de disputa entre facções criminosas rivais que seus moradores e os policiais chamam de “Faixa de Gaza” e já chega até a ser comparada com a Síria, marcou a semana no município. O que mais chama atenção é toda essa sensação de insegurança no interior de um estado que há mais de três meses vive sob intervenção federal justamente na área da segurança pública. Por mais que possa haver esforços dos militares, resultados efetivos por aqui, por ora, não há.
Ação na capital
Na zona oeste do Rio de Janeiro, uma operação das forças de segurança foi iniciada nessa sexta-feira (18), e segundo informado, não tem prazo para terminar. São quase três mil militares das Forças Armadas, 300 policiais militares e 240 civis, com apoio de veículos blindados, aeronaves e equipamentos pesados de engenharia. A ação, deflagrada no âmbito da intervenção federal na segurança pública do estado, envolve cerco a criminosos e remoção de barricadas.
Intervenção estadual?
Desde o início da intervenção, havia uma grande preocupação de o trabalho ser focado apenas na capital fluminense, sem ações específicas para o interior. Outra preocupação era a de uma possível migração de criminosos que atuam no Rio para os municípios do interior. Quanto à chamada migração da mancha criminal não há dados que comprovem. Já sobre a intervenção federal ser direcionada somente ao principal cartão postal do Brasil no exterior, isso fica a cada dia mais evidente — ao menos para quem vive em Campos, considerada em 2017 a 45ª cidade mais violenta do mundo pela organização mexicana Segurança, Justiça e Paz.
Charge do dia
Charge do dia / José Renato
Nas alturas
O preço do combustível está pesando, ainda mais, no orçamento. Em Campos, o litro da gasolina é encontrado em alguns postos na casa dos R$ 5. Fatores como o forte avanço dos preços internacionais do barril de petróleo, além da tendência de alta do dólar sobre várias moedas, incluindo o real, contribuem para essa realidade. Como observou o diretor da Folha Christiano Abreu Barbosa em seu blog, Ponto de Vista, hospedado no Folha 1, “está cada vez mais difícil para os frentistas em Campos ouvirem os clientes pedirem: ‘Completa!’”.
Integração
Está chegando ao fim mais um prazo apresentado pelo governador Luiz Fernando Pezão (MDB) para retomada da obra da ponte da Integração, que ligará os municípios de São João da Barra e São Francisco de Itapaboana. Há 12 dias, em reunião com a prefeita sanjoanense, Carla Machado (PP), e com o presidente da Câmara sanfranciscana, José Pinto Filho, o Pintinho (Pros), Pezão garantiu a retomada da construção ainda neste mês, conforme publicação de Carla nas redes sociais. A 11 dias do fim de maio, nada aconteceu.
Prazos
A ponte que fará a ligação rodoviária entre os municípios da foz do Paraíba teve sua pedra fundamental lançada em junho de 2014. Com estimativa de gastos pouco superior a R$ 100 milhões, a previsão era de conclusão em um ano. Mas os ventos mudaram de direção no Rio, houve queda de arrecadação, salários atrasados dos servidores e uma enxurrada de denúncias, que atingiram políticos influentes e até conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE). No fim do ano passado, Pezão assegurou que conclui a obra até o término do seu mandato.
Cerimônia real
O príncipe Harry e a atriz estadunidense Meghan Markle casaram-se nesse sábado (19) na Capela de São Jorge, no castelo de Windsor, na Inglaterra. A cerimônia real foi acompanhada em boa parte do mundo. Dados preliminares da rede britânica BBC indicam que o casamento foi acompanhado pela televisão por mais de 1,9 bilhão de pessoas. Pesquisas recentes entre os súditos apontam Harry como o membro da realeza mais querido, tão “príncipe do povo” quanto foi sua mãe, a princesa Diana, morta em 1997.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS