Preconceito e Indiferença em Shopping
03/05/2018 01:48 - Atualizado em 03/05/2018 02:04
Artigo de Aline Mendonça*
Empatia... o que significa essa palavra? Se colocar no lugar do outro! A história que vou contar é sobre falta de empatia, de compaixão e de educação! Fui a cidade mineira de Juiz de Fora, visitar a minha irmã e tinha tudo pra ser um fim de semana maravilhoso com amigos e família, se não fosse por um fato que marcou a todos nós.
Fomos ao Shopping Jardim Norte, queríamos levar as crianças para brincar, procuramos o Zig Zag Play, dentro do mesmo shopping, meu filho Daniel, autista de 8 anos de idade, estava super feliz, foi no carrinho de batida com as crianças e depois quis ir a outro brinquedo, onde naquele momento só havia uma criança, um pouco menor que ele e espaço de sobra, mas foi impedido, pois tinha 1cm além da altura máxima permitida.
A moça responsável pelo brinquedo disse que não poderia deixar ele entrar, mas era para a gente conversar com a supervisora, ela poderia resolver; minha irmã foi até ela, que respondeu: "Querida não posso deixar!".
Foi aí que começou o sufoco, pois quem conhece o autismo sabe, as crianças não entendem "o porque não pode", e ele começou a gritar, chorar e a se jogar no chão, todos olhando, ele cada vez mais nervoso, chorando muito.
Minha irmã pede de novo, suplica para a supervisora deixar ele entrar, explica que ele é autista, ela responde indiferente: "Não é porque ele tá fazendo birra que vou deixar ele entrar no brinquedo!".
Comecei a ficar nervosa, a chorar, a tremer de raiva, tristeza e constrangimento, pois aquela "supervisora" estava sendo intransigente por causa de 1cm de diferença na altura!
Não estou escrevendo isso pra dizer quem está certo ou errado, só tenho certeza que uma pessoa dessa não está preparada e muito menos qualificada pra trabalhar em um ambiente infantil com qualquer tipo de criança, não teve compaixão, não teve educação e muito menos empatia.
Por isso faço questão de falar do autismo para todos, quero que conheçam, se informem, falei para a atendente ( ela entrou pra uma sala e não voltou) que aquilo não era birra e sim autismo!
Saímos todos arrasados do shopping... só queríamos mais empatia e faltou tudo!
*Aline é itaperunense, dona de casa, manicure e bacharel em Direito.

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    Nino Bellieny

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