No mesmo dia na PF, Saud depõe e Garotinho apresenta denúncia contra delegado
27/04/2018 09:17 - Atualizado em 27/04/2018 13:36
A sede da Polícia Federal em Brasília esteve (ainda mais) movimentada nessa quinta-feira (27).
O ex-diretor de relações institucionais do grupo J&F, Ricardo Saud, prestou depoimento no início da tarde. Delator da Lava-Jato, ele saiu do prédio acompanhado por dois advogados. Ao ser questionado, o empresário afirmou que foi tratar dos assuntos referentes a colaboração premiada.
Ricardo Saud fechou um acordo de colaboração com a Justiça. Entre as revelações, ele disse que a JBS repassou R$ 3 milhões em propina para a campanha do ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, como mostrei AQUI em primeira mão. 
Já no final da tarde foi a vez do próprio Garotinho, que compareceu por volta das 18h, à sede da PF com uma denúncia. “Vim fazer representação por abuso de autoridade contra um delegado federal, está em sigilo, então vamos aguardar”. O político passou pelo plantão e foi encaminhado a um delegado para fazer a representação. Ele, no entanto, não quis dar nomes sob a alegação de que o fato é ‘sigiloso’ juntos às autoridades.
Ele afirma ter feito um requerimento de investigação contra um delegado federal e, também, no Conselho do MP contra um procurador. Garotinho disse que também irá ao Conselho Nacional de Justiça representar contra um juiz. Todos envolvidos em investigações contra o ex-governador em Campos dos Goytacazes. Ele é alvo da Operação Chequinho, da Justiça Eleitoral, e também da Operação Caixa D’Água. Na Chequinho, ele já foi condenado a nove anos de prisão.
Embora não tenha citado os nomes, os alvos do ex-governador são o delegado Paulo Cassiano, o promotor Leandro Manhães e os juízes Ralph Manhães e Glaucenir Oliveira.
(Com informações do Correio Braziliense e Estadão)

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    Suzy Monteiro

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