Ponto Final - Rafael Diniz acompanha julgamento da "venda do futuro"
21/03/2018 11:02 - Atualizado em 22/03/2018 15:46
Do Repetro à “venda do futuro”
Como presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo e Gás da Bacia de Campos (Ompetro), o prefeito Rafael Diniz (PPS) tem participado de uma série de discussões para garantir o Repetro no estado do Rio. Depois de Brasília, ontem ele participou no Rio de mais uma reunião com representantes da Petrobras pelo regime de tributos diferenciado que garanta mais investimentos no setor de petróleo. Rafael segue hoje na capital fluminense para ver de perto outro assunto tão importante quanto o Repetro para o destino de Campos, que é o julgamento da “venda do futuro” no Tribunal Regional Federal (TRF2).
De perto
Acompanhado pelo procurador geral do município, José Paes Neto, o prefeito vai estar na sessão de julgamento dos recursos referente à ação da “venda do futuro”. “Uma operação realizada na gestão passada, de forma irresponsável, que comprometeu as receitas de hoje e as receitas futuras da nossa cidade. Vamos continuar nesta luta que trata do futuro financeiro e econômico da nossa cidade”, destacou o prefeito, que segue com sua agenda em defesa do Repetro, já tendo uma reunião marcada para a próxima sexta-feira em Rio das Ostras.
Documento contra
Voltando a falar do Repetro, na sessão de ontem da Câmara, o presidente Marcão Gomes (Rede), convocou os vereadores a assinaram um documento onde Legislativo se coloca contra a limitação do Regime, que garante a isenção ou redução tributária em várias fases da produção. “A economia já fragilizada do estado do Rio de Janeiro está em risco e os municípios produtores de petróleo, como Campos, estão em iminência de sofrer graves prejuízos caso o alcance do Repetro seja restrito em território fluminense”, explicou.
Perda de empregos
O vereador Marcão Gomes ainda ressaltou que, caso seja aprovado na Alerj o Projeto de Lei 3660/2017, que limita a Repetro, cerca de 100 mil empregos serão extintos. “O estado do Rio de Janeiro perderá competitividade e o setor poderá migrar para outros Estados, como São Paulo e Espírito Santo. É imperativo reunirmos esforços diante da grave ameaça a milhares de famílias que poderão ficar sem renda, agravando ainda mais o índice de desemprego no estado”, pontuou.
Sem oposição
Apoiando a iniciativa, a vereadora Josiane Morumbi (PRP) destacou que a restrição do benefício aduaneiro é uma ameaça a economia. “Hoje nosso estado começa a ter um respiro e a gente começa a ver a economia tendo uma reação, ainda que de forma tímida. Se esse projeto for aprovado, essas empresas que investem e acreditam em nosso estado irão migrar para outros”, afirmou. “É muito importante essa força que vai sair aqui do Legislativo”, finalizou.
Ódio nas redes
O brutal assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (Psol) só fez piorar o que já era ruim no debate político pelas redes sociais: o acirramento da polarização entre grupos que defendem e os que se contrapõem à teses da esquerda no espectro político brasileiro, com a predominância de um discurso passional impregnado de ódio ou raiva, aversão ao outro e ressentimentos. Até mesmo a memória da vítima tem sido vilipendiada.
Brutalidade
Outro brutal assassinato vitimou em Campos a jovem Stéfany Nogueira Martins, de 16 anos, no Parque Santa Rosa. A adolescente, que fazia parte da Guarda Mirim Municipal, estava em casa assistindo televisão quando foi chamada ao portão, onde foi morta a tiros. É o 53º homicídio em Campos este ano. A propósito, o cenário no Santa Rosa é cada vez mais de pavor e medo. A cada ano perto de 200 pessoas são assassinadas neste município. E parece que a sociedade passou a banalizar o absurdo como algo simplesmente natural. Não é.
José Renato

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