Ato dos Garotinhos contra prefeito de Campos encolhido
09/03/2018 11:25 - Atualizado em 15/03/2018 17:04
“Ridículo” (I)
No último dia 26 de fevereiro, durante reunião no Clube de Regatas Rio Branco, Centro de Campos, o ex-governador Anthony Garotinho disse que esperava multiplicar por 10 o número de manifestantes no ato convocado para a Praça do Santíssimo Salvador contra o governo Rafael Diniz. A “base” da multiplicação era o número de presentes naquela reunião – cerca de 300, quando o esperado eram 600. Se dizendo convidado para o ato que convocava, Garotinho conclamou a uma participação maciça: “Não podemos expor o povo de Campos ao ridículo de convocar um ato para ir meia dúzia”.
“Ridículo” (II)
Em um live esta semana, Garotinho voltou a confirmar que estaria presente: “Se eu vou sair do Rio para participar, por que você não pode sair de sua casa?”, questionava. De nada adiantou. Seja pela chuva, seja pelos convidados, o ato não reuniu nem 300 adeptos, não na Praça, mas no Largo da Imprensa, onde visualmente o volume de pessoas era menor do que o previsto. Sem querer se expor ao ridículo, não foi ao ato, nem apresentou justificativa à ausência. Mandou apenas um abraço. Em seu lugar, Rosinha discursou convocando os descontentes a deixarem as redes sociais e se juntarem a eles. Mais tarde Garotinho resolveu aparecer ao lado de Rosinha em um vídeo ao vivo no Facebook. O cenário parecia ser a “casinha da Lapa”.
Túnel do tempo
Em mais de um mês de convocação, movimentação no Centro em busca de assinatura, promessa de presença da liderança e só conseguir juntar 300 pessoas é de se fazer pensar até quem é conhecido por ignorar a lógica. Culpar a chuva? Para quem tem um pouco mais de idade ou para quem não a tem, mas quer viajar nos túneis da História, é só lembrar ou buscar saber como, até poucos anos, o grupo conseguia reunir multidões. Não foram raras as vezes em que a Praça S. Salvador recebeu mais de 30 mil pessoas para ouvir aqueles que, hoje, não conseguem convencer nem 300.
Feio
Sem juízo de valor, que não deve ser nada agradável a situação dos vereadores condenados na Chequinho é certo. Claro que deixar o cargo, ter que abrir mão dos assessores e do trabalho desenvolvido, além dos futuros planos políticos deve ser muito difícil. Está muito feia esta história dos vereadores que não estão comparecendo à Câmara e, assim, estão sendo notificados através de Diário Oficial da decisão da Justiça Eleitoral que determina o afastamento imediato. Dos vereadores condenados na Chequinho, apenas Linda Mara apareceu no ato dos Garotinho contra o governo Rafael.
O “rebelado”
Desde o ano passado a população de diversos bairros de Guarus vem sofrendo com o aumento da violência. O motivo estaria na recusa de Francio da Conceição Batista, mais conhecido como “Nolita” em aceitar a junção das facções criminosas Amigos dos Amigos (ADA) e Terceiro Comando Puro (TCP), seguindo o mesmo movimento na capital, a mando dos chefes do tráfico das comunidades da Baleeira e Tira Gosto. As duas maiores comunidades de Campos mantêm o tráfico em um numero incontável de pontos de venda espalhados pela cidade.
“Guerra do tráfico”
Insatisfeito, “Nolita” resistiu e teria iniciado uma “guerra do tráfico” onde moradores de bairros de Guarus foram assaltados, expulsos de casa e, aqueles que resistiam ou ameaçavam o comando, eram executados. A prisão de “Nolita” não é sinal de sono tranquilo para moradores de bairros como Eldorado, Santa Rosa, Santa Clara, Parque Bandeirantes e tantos outros em Guarus. Apesar das polícias esperarem redução de homicídios, o comando do 8º BPM informa que vai intensificar o patrulhamento nas áreas de conflito pela possibilidade de facções rivais tentarem tomar o lugar deixado por “Nolita”, que diante da facilidade de comunicação nos presídios brasileiros, pode continuar a ditar as ordens.
Contra exigência
O Ministério Público do Estado ajuizou uma ação contra o Departamento Estadual de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) por exigir pagamento de IPVA para liberação de veículos apreendidos. Segundo o MP, a autarquia tem cometido abuso de poder ao requerer o pagamento prévio do imposto para liberar aos motoristas a retirada de seus veículos apreendidos em blitz, e alocados em depósitos do Estado. O MP ressalta que não pretende acabar com a cobrança, mas fazer com que ela seja efetuada de acordo com as vias legais, não por meio da retenção do veículo.
José Renato

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