Reforma administrativa: Dante na Fundação Municipal de Saúde
01/03/2018 11:08 - Atualizado em 05/03/2018 15:29
Reforma hoje no DO
Dante Pinto Lucas (PHS) será vice-presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS). Médico e vereador por três mandatos (de 2000 a 2012), ele foi o último nome definido na reforma administrativa do governo Rafael Diniz (PPS). As mudanças estão hoje no Diário Oficial (DO): o empresário César Tinoco na chefia de gabinete, o jornalista Alexandre Bastos na secretaria de Governo, o advogado Fábio Bastos na superintendência de Relações Governamentais, o jornalista Fernando Leite na subsecretaria de Governo, o ex-vereador Rogério Matoso na subsecretaria de Desenvolvimento Social e a médica Renata Juncá na presidência da FMS.
Novidades e novidades
Alguns nomes foram mera troca de cadeiras: César Tinoco era assessor especial do prefeito, Alexandre Bastos era chefe de gabinete e Fábio Bastos, secretário de Governo. As novidades foram a vinda de Fernando Leite, Rogério Matoso e, por último, de Dante Lucas. Renata Juncá, que é servidora de carreira, já atuava à frente do programa municipal Saúde do Trabalhador. Médica conceituada, ela estuda Direito e planeja se tornar juíza. Agora na presidência da FMS, sua intenção é modernizar a atuação do órgão em sua interface com a secretaria de Saúde, tentando introduzir o trabalho no importante setor com base estatística.
Servidores e emergência
Por sua vez, Dante já ocupou funções na Saúde das administrações Sérgio Mendes, Anthony Garotinho, Arnaldo Vianna e Rosinha Garotinho. Nesta, foi diretor do Hospital Ferreira Machado. “Agora minha missão será usar essa experiência para melhorar o diálogo entre governo e os servidores da Saúde. Vejo um trabalho importante também a ser feito na logística do atendimento de emergência. A triagem tem que ser feita nos PUs, por médicos experientes. O chefe de atendimento do Ferreira tem que coordenar o atendimento no PU da Saldanha Marinho. E o do HGG, fazer o mesmo no PU de Guarus”, explicou Dante.
“Cabeças brancas”
Criticado pela falta de “cabeças brancas” na equipe, o governo também aposta na experiência de Fernando Leite. Ex-deputado estadual, ele foi autor de leis como a da proibição das queimadas de cana e a que criou a Fenorte, fundação mantenedora da Uenf, depois absorvida pela universidade. O ex-companheiro de Garotinho no teatro e na política também falou à coluna: “minha tarefa será trabalhar pela unidade da administração, na interface entre as secretarias. Não se pode descuidar do trabalho político entre governo e sociedade, melhorando a comunicação. Dar à gestão um caráter mais institucional e menos paternalista”.
IPTU
Em relação ao recuo do governo Rafael no IPTU, que decidiu abaixar o aumento já aprovado para estabelecer um teto de 16% (10% de reajuste mais os 6% da Ufica), uma dúvida interessante foi suscitada ontem. No blog “Opiniões”, hospedado no Folha 1, que noticiou a redução no novo projeto de lei que será votado na Câmara, uma leitora indagou: “Ele vai aprovar aumento de IPTU no mesmo ano da cobrança?”. A coluna levou a dúvida pertinente ao advogado tributarista Carlos Alexandre de Azevedo Campos. Ex-assessor do Supremo Tribunal Federal (STF), ele esclareceu: “se fosse aumento não poderia, mas é redução”.
Demanda reprimida
Para quem não se lembra, foi Carlos Alexandre quem anunciou ao vivo, no programa Folha no Ar, na Plena TV, que o aumento do IPTU de até 150% proposto pela então prefeita Rosinha, em 2010, não iria passar. E o motivo era relativamente simples: por se tratar de reajuste aprovado no mesmo ano da cobrança, era inconstitucional. Rosinha chiou, mas teve que se submeter. Mas não sem publicamente culpar seu então secretário de Finanças (atual Fazenda), Francisco Esqueff, pelo erro. Alexandre fez várias críticas ao governo Rafael, mas em relação ao IPTU e outros casos, como o transporte público, definiu: “são demandas reprimidas pelo populismo”.
Intervenção
O Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio (Sindilojas) aplaudem a intervenção federal na Segurança do Estado. Segundo as entidades, o comércio carioca gastou R$ 1,2 bilhão de abril de 2016 a abril de 2017 com vigilância particular e reforço na estrutura das lojas. Já no interior a intervenção é vista com preocupação por representantes do setor que temem a migração da criminalidade da capital para a região. O deputado estadual Bruno Dauaire (PR) se reuniu, ontem, com o general interventor, Braga Netto, e ouviu dele a promessa de reforço no interior.
José Renato

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