Jonas Lopes em mais um depoimento com Marcelo Bretas
Arnaldo Neto 13/03/2018 10:55 - Atualizado em 14/03/2018 16:36
Jonas Lopes
Jonas Lopes / Divulgação
O ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes de Carvalho será ouvido, novamente, pelo juiz Marcelo Bretas, 7ª Vara Federal Criminal hoje. A audiência seria relacionada, conforme informou a jornalista Berenice Seara em seu blog na versão online do jornal Extra, à operação “Ponto Final”. No mês passado, Jonas declarou à Justiça que uma mesada dos empresários de ônibus para os conselheiros do órgão foi acertada na casa do presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani. No depoimento de hoje, estaria prevista também a oitiva do advogado Jonas Lopes de Carvalho Neto, filho do ex-presidente do TCE.
As delações dos Lopes de Carvalho foram fundamentais para outro desdobramento da Lava Jato no Rio, “O Quinto do Ouro”, responsável pelo afastamento de cinco membros da Corte de contas. No caso da “Ponto Final”, o alvo foi a cúpula e empresas ligadas à Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio (Fetranspor).
De acordo com Lopes, ele teria sido chamado por Picciani, atualmente preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, para o encontro depois que o TCE detectou R$ 90 milhões em créditos expirados do Bilhete Único. Na reunião, também estaria José Carlos Lavouras, ex-conselheiro da Fetranspor, que teria oferecido R$ 70 mil de “mesada” para seis conselheiros do tribunal.
No TCE — Jonas foi indicado para a Corte de Contas pelo então governador Anthony Garotinho, em 2000. Advogado formado pela Faculdade de Direito de Campos e filho do criminalista Jonas Lopes de Carvalho, já foi procurador-geral da Prefeitura de Campos e presidiu o TCE entre 2011 e 2016, período das obras para a Copa do Mundo e Olimpíada.
Desde 2000 — Em depoimento a Bretas no dia no último dia 9 de outubro, Jonas disse que o pagamento de propina a conselheiros do tribunal, inclusive ele, se deu não só durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), entre 2007 e 2014, mas já existia em 2000, quando ele foi indicado para a Corte.

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