Tumulto no Thiers Cardoso devido à possibilidade de fechamento
Jonatha Lilargem 12/03/2018 13:14 - Atualizado em 13/03/2018 15:14
  • Protesto em escola estadual em Campos

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Revoltados, pais de alunos voltaram a comparecer ao Colégio Estadual Thiers Cardoso, no Parque Tarcísio Miranda, em Campos, na manhã desta segunda-feira. Eles questionam a possibilidade de a escola fechar as portas para passar por reformas e não concordam com a transferência dos alunos para o Colégio Estadual José Francisco de Salles, que fica no bairro IPS, por conta de distância. Houve tumulto no local e a Polícia Militar (PM) esteve na instituição para garantir a segurança. O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) chegou a acionar a Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público Estadual.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) informou que o Thiers foi interditado temporariamente para reforma e melhorias. “Estudos estão sendo realizados para o remanejamento dos alunos e da equipe pedagógica para unidades escolares próximas com capacidade física para receber essa demanda. A Seeduc destaca que não haverá prejuízos educacionais para os estudantes”, dizia a nota.
A PM informou que não houve nenhum registro de violência. Porém, um clima de tensão foi formado devido à insatisfação dos pais, estudantes e educadores. Houve uma reunião no colégio entre funcionários, alunos e responsáveis. Eles debateram possíveis soluções para que a escola mantenha as atividades normalmente.
O motivo para o possível fechamento é a falta de estrutura do local. Muitos pais não querem que ocorra esta mudança por questões de distância e de ensino. Os estudantes seriam transferidos para o colégio estadual José Francisco de Salles.
O Sepe informou que, durante assembleia realizada nesta segunda com representantes da Seeduc, foi sugerido o aluguel de 15 contêineres para serem instalados no espaço do Colégio Thiers Cardoso onde se encontra a quadra de esportes e espaço adjacente sem contato com o canteiro de obras.
Amaro da Silva, pai de um aluno do Thiers Cardoso, disse que prefere que o filho continue estudando na instituição. “Meu filho pega um ônibus por dia para chegar nesta escola. Se for para a outra, ele vai ter que pegar dois coletivos apenas para chegar lá. Seria complicado e iria cansá-lo muito. Iria ser difícil até para prestar atenção nas aulas. Prefiro que tudo continue aqui do jeito que está”, contou.
Um professor, que preferiu não ser identificado, também comentou sobre a situação e disse que lamenta que o colégio possa parar com as atividades. “É muito triste ver a escola em uma situação como esta. É muito tradicional e sempre foi referência para muitos. Espero que o problema se resolva da melhor forma possível o quanto antes para que os alunos possam voltar a estudar normalmente sem ter que se preocupar com esta questão”.
No último sábado (12), funcionários estiveram no colégio para saber uma posição da coordenadoria sobre a situação.
Por conta da situação, o vereador Jorginho Virgílio (PRP) protocolou nesta segunda um ofício na Coordenadoria Regional de Educação do Norte Fluminense que solicitou esclarecimentos sobre o assunto.
Fotos: Jonatha Lilargem

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