Cresce movimento para Rio ingressar logo no Repetro
Dora Paula Paes 15/03/2018 22:16 - Atualizado em 19/03/2018 14:48
Alerj
Alerj / Divulgação
A vereadora Josiane Morumbi (PRP), presidente da Comissão de Petróleo e Gás, da Câmara de Campos, se juntou com representantes dos diretórios municipais do PSDB e do Democratas (DEM), e entrou na luta pelo Repetro da forma como foi aprovado pelo Congresso Nacional. O grupo se põe contra a Lei 3660/2017, que pretende restringir, no Estado do Rio, o alcance do Repetro somente à fase de exploração de petróleo e gás, eliminando os benefícios do regime para as fases de produção e desenvolvimento. Josiane esteve na última terça-feira, na Assembleia Legislativa (Alerj). Ela conversou com deputados e pediu para que não votem no projeto do deputado petista André Ceciliano, que tramita na Casa.
— O Repetro é importante para a indústria do petróleo, fundamental para a manutenção das empresas e dos empregos por elas gerados no Estado do Rio de Janeiro. O próprio presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que se o Rio não aderir vai perder investimentos. Não podemos ficar parados e deixar isso acontecer — disse ela, que pretende, ainda, mobilizar mais vereadores de Campos, assim como os de Macaé para reforçar o movimento “Repetro Já”.
Segundo ela, na Alerj, deu para perceber que muitos parlamentares se mostram contra o projeto do Ceciliano. Da região, o deputado Geraldo Pudim já abriu publicamente como será seu voto. Ele disse que votará contra o projeto de Lei 3660/2017.
Na quarta-feira, o prefeito de Campos e presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Rafael Diniz, esteve em Brasília com Pedro Parente para tratar do assunto. Ele foi acompanhado do deputado federal Julio Lopes (PP), André Lazaroni (PMDB) e Luiz Paulo Correa da Rocha (PSDB) e do próprio Ceciliano.
O Repetro foi aprovado no final de 2017 no Congresso Nacional, com apoio do presidente Michel Temer. Trata de regime aduaneiro especial para o setor de petróleo e gás natural e foi estendido até 2040. Ele garante isenção ou redução tributária nas fases de exploração, produção e desenvolvimento.
Na região Sudeste, os Estados de São Paulo e do Espírito Santo, já signatários do Repetro, são candidatos fortíssimos a receberem mais investimentos.

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