PGR é contra prisão domiciliar de Picciani
16/03/2018 15:50 - Atualizado em 16/03/2018 16:08
Jorge Picciani
Jorge Picciani / Divulgação
Procuradoria Geral da República se opôs ao pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do deputado estadual Jorge Picciani (PMDB) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto ainda presidia a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o parlamentar teve um câncer diagnosticado e retirou a próstata e a bexiga.
Advogados do deputado argumentam que ele retirou um tumor maligno e carece de tratamento pós-operatório, tendo risco de infecção generalizada. O STF chegou a determinar que uma perícia médica independente fosse realizada na penitenciária.
Em documento assinado pela subprocuradora-geral da República, Cláudia Sampaio Marques, a PGR afirma que "não há razão para que o paciente seja beneficiado com tratamento diferente do que é conferido a outros presos em situação similar à sua". Afirma ainda que o "sistema prisional registra incontáveis casos de presos doentes".
"É de se ter presente que a situação carcerária do paciente, por ser preso com prerrogativa de foro, não se iguala a da grande massa que superlota os presídios no Rio de Janeiro. O tratamento é qualitativamente melhor. O paciente está no Presídio de Benfica, em ala reservada para os presos da Lava Jato, sem contato com os demais presos. A cela tem banheiro privativo e, segundo notícia da imprensa, é ocupada apenas pelo paciente e seu filho Felipe".
No documento apresentado pela defesa, assinado por criminalistas como Nélio Machado, os advogados reclamam de "constrangimento ilegal flagrante" e "certa insensibilidade" do Ministério Público.
"Estado de saúde do Paciente (Picciani) está cada vez pior, apresentando, nos últimos dias, febre constante, acompanhada de vômitos e desidratação".
Já o Ministério Público Federal rebate dizendo que os sintomas de Picciani são inerentes à doença e que não são consequência da prisão.
Fonte: G1

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    Arnaldo Neto

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