Ponto Final - Juiz Ralph Manhães sobe o tom contra o casal Garotinho
03/02/2018 09:42 - Atualizado em 07/02/2018 15:20
Tom firme
O juiz Ralph Manhães, responsável pela ação penal da Caixa d’Água, subiu o tom contra o casal Garotinho. Após mais um pedido de suspeição contra ele, o magistrado disparou nos autos do processo e afirmou que os dois querem escolher seus julgadores. “A presente exceção é desprovida de qualquer embasamento fático ou jurídico, beirando a litigância de má-fé, haja vista que, ao sentir deste magistrado, os réus em questão vem tentando criar situações inexistentes, assim como já ocorreram em outros feitos, para tentar criar, falsamente, uma pseudo suspeição deste magistrado”, disse Manhães.
Sigiloso
Durante a semana, Garotinho publicou um vídeo onde fala de um processo sigiloso de investigação interna da Justiça Eleitoral “contra um juiz de Campos que atuou na Chequinho”. Ralph falou ontem nos autos que o magistrado em questão. “Ao tomar conhecimento do simples ato de ouvir este julgador acerca da sua própria representação em processo sigiloso, (o réu) publicou em redes sociais que este magistrado estava sendo investigado, o que demonstra que as representações em face deste magistrado devem ser tidas como uma tática processual para criar fatos sabidamente falsos com a única intenção de afastar este julgador”.
Violência sem fim
Os casos de violência continuam tirando o sossego dos campistas. Na noite de ontem uma troca de tiros perto do Jardim São Benedito, no Centro, assustou moradores e quem passava pelo local. Segundo informações da Polícia Militar, suspeitos em dois veículos, sendo uma Hilux branca e uma S10 preta, passaram por um Etios prata, com a placa BAT 8727, de Curitiba, e efetuaram tiros contra o motorista, que revidou. Por sorte, ninguém se feriu.
Mistério
O fato aconteceu na rua Saldanha Marinho, próximo a uma clínica. A PM informou ainda que o motorista do Etios abandonou o veículo e saiu correndo em fuga pela rua Marechal Floriano, a antiga Ouvidor. Militares chegaram logo em seguida ao local e notaram que o veículo tinha marcas de tiros. No entanto, até o fechamento desta edição, ainda não havia informações sobre a procedência do veículo que pudessem levar a identificação do motorista. Um cerco chegou a ser montado. O caso é investigado na 134ª DP, no Centro.
Impasse do transporte
O comércio de Campos sente efeitos da batalha enfrentada pelo governo municipal quanto à regularização do transporte público. Por conta disso, a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) divulgou nota, ontem, na qual afirma que o problema “afeta a todos, incluindo o comércio e sua principal razão de existência: o consumidor, que sem mobilidade não alcançam os grandes corredores comerciais”.
Lojistas cobram
A entidade, que representa os comerciantes do município, por sua vez reconhece o problema pontual e as dificuldades do poder público de resolvê-lo com a rapidez e urgência que os usuários necessitam. No entanto, na nota, é cobrada “uma atitude firme”. Também é citada no comunicado a geografia extensa do município, o maior territorialmente do Estado, o que dificulta ainda mais o deslocamento das pessoas.
Prioridade
Na nota, a CDL ainda destaca: “a solução deste problema tem que estar no topo da agenda político-administrativa. Problema esse que perpassa a algumas administrações municipais, problema que vem se agravando há vários anos em nossa cidade. Desta forma, a CDL externa sua preocupação com o caos promovido no transporte público nos últimos tempos e temos confiança que as partes envolvidas irão encontrar uma solução para esse grave problema”.
Reações
A Prefeitura tem tentado junto aos três consórcios, que atuam nas linhas de ônibus de Campos uma solução para o problema. No entanto, a crise que se instalou nas empresas nos últimos anos, ocasionada principalmente pela invasão do transporte clandestino, parece estar longe de ser resolvida. As fiscalizações contra as irregularidades até aumentaram, mas o caminho ainda é longo. Diante do atual quadro e cobranças repetidas do Ministério Público Estadual, não está descartada uma nova licitação no setor.

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