Temporal com deslizamento de terra provoca mortes no Rio
15/02/2018 09:37 - Atualizado em 16/02/2018 15:47
Chuva no Rio causa transtornos
Chuva no Rio causa transtornos / Reprodução - TV Globo
Apesar do temporal que atingiu a capital do Estado na noite da última quarta-feira (14) e madrugada desta quinta-feira, a previsão para o Norte Fluminense é baixa. Em toda a cidade do Rio choveu 75% do esperado para o mês de fevereiro. Quatro pessoas morreram. Só na Barra da Tijuca foram registrados 123,6 milímetros de chuva, o maior volume já constado desde 1997, de acordo com o serviço meteorológico Alerta Rio. Para Campos, a Defesa Civil informou que a situação é oposta, a região recebeu chuvas abaixo do esperado no verão e ainda passa por problemas de estiagem. O acumulado previsto para até segunda é de 36 mm.
O coordenador regional da Defesa Civil, tenente-coronel Joelson Oliveira, ressaltou que para o Norte do Estado a previsão não é grande. “Nós já passamos muito por isso na década de 2000 até 2010 – 2012, mas agora estamos passando por um período inverso. Está chovendo pouco e estamos tendo problemas com a estiagem. Na época que deve chover não chove. Nesse verão choveu abaixo do esperado. A previsão é que em março as chuvas caiam com mais força”.
O major Edison Pessanha, coordenador da Defesa Civil de Campos, confirmou que já houve tempos mais chuvosos. “Existe uma previsão 10 mm, mas como é previsão varia muito é complicado. Para o resto da semana vai ficar oscilando, cinco, 10, 15 mm. Não passa de 16 mm. Não tivemos um verão tão chuvoso como há tempos atrás. Choveu até 95 mm em um dia, mas foi só uma vez. Campos têm vários pontos que costumam alagar, como o cruzamento da Rocha Leão, que já está com bombas funcionando”.
Edison esclareceu também que estados de alerta e grandes desastres, como o do Rio, dependem da quantidade e espaço de tempo. “Podemos ter uma chuva de 100 mm distribuída em quatro ou cinco dias em Campos, por exemplo, que não vamos ter problema nenhum. Já esse mesmo volume em um dia, tem problema. Foi o que ocorreu no Rio. A previsão era de 75 mm e choveu 150 mm. Aí não tem vazão para a quantidade de água nesse espaço de tempo”, exemplificou o major.
A Defesa Civil de Campos informou ainda que está monitorando e fazendo algumas intervenções na cidade. Além das bombas da rua Rocha Leão e em Custodópolis, o esgotamento de água acumulada, na rua Projetada 1, no bairro Novo Jóquei, foi realizado.
Rio – As chuvas fortes na capital causaram alagamentos, desmoronamentos e quatro mortes na cidade. A enxurrada prejudicou o transporte público e resultou em congestionamentos nas vias expressas nesta quinta-feira. Entre as vítimas, estão uma criança que morreu em um desabamento em Cascadura, na Zona Norte, um homem de 54 anos e uma mulher de 62 anos que também morreram em um desabamento de casa, no bairro de Quintino, na mesma região e um policial militar de 48 anos, morto em Realengo, quando uma árvore caiu sobre o carro da vítima.

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