Na manhã deste sábado, o Hospital Plantadores de Cana (HPC), através de nota, comunicou que retornou, na manhã de sexta-feira, com o atendimento de urgência ginecológica, enfermaria pediátrica, clínica médica e UTI adulto. O hospital estava com serviço paralisado, desde do dia 1 de fevereiro, e alegava falta de repasse da Prefeitura de Campos, que faz a complementação da tabela do SUS, e ajuda a manter os serviços oferecidos pelos hospitais contratualizados. Nessa sexta, após o depósito da participação especial dos royalties do petróleo, a Prefeitura repassou R$ 5 milhões às unidades. No dia 2 de fevereiro, cerca de R$ 3,2 milhões foram pagos aos hospitais.

Em entrevista à Folha da Manhã, o presidente da unidade, Frederico Paes, chegou a falar da importância do repasse para a unidade de saúde. “A gente depende muito do valor municipal. Hoje, quase 65% da receita dos Plantadores são provenientes da verba municipal, por causa da maternidade, e o problema é comum a todos", disse.

Mesmo com o retorno dos serviços no HPC, cerca de 1.500 funcionários de três hospitais contratualizados, Santa Casa de Misericórdia, Plantadores de Cana e Beneficência Portuguesa, permanecem em estado de greve. A decisão foi tomada em assembleia na sede do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde, na última quarta-feira. Segundo os profissionais, eles estão sem receber o 13º de 2017 e os pagamentos dos meses de dezembro e janeiro.

— Estamos reivindicando o que é direito. Nossa expectativa é que os hospitais fiquem em dia com os trabalhadores. Caso seja necessário, iremos à Justiça — afirmou o presidente do Sindicato, Carlos Morales.