Prefeitura de Campos (IMTT) fecha o cerco a vans e lotadas e deixa pessoas esperando em pontos de embarque
27/02/2018 16:39 - Atualizado em 28/02/2018 08:49
Desde janeiro, a Prefeitura de Campos (governo Rafael Diniz), por meio do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (o IMTT), da Guarda Municipal e da Superintendência de Paz e Defesa Social, e com o apoio da Polícia Militar, vem fechando o cerco às vans, lotadas e outros meios de transporte alternativos em Campos. É claro que os donos de ônibus, vans e carros de passeio adesivados e legalizados pagam impostos e seguem normas para poderem circular, e os transportes irregulares não seguem esses procedimentos. Mas esse fluxo de fiscalização que segue intenso durante todo o dia e noite adentro e tem deixado menos transportes irregulares nas ruas também tem deixado como saldo centenas e centenas de pessoas, nos pontos de embarque, esperando ônibus ou vans legalizadas passarem.
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O cenário que estamos vendo na cidade, tanto nas áreas centrais quanto nas áreas periféricas, é um cenário com pessoas que trabalharam o dia inteiro e ficam horas, já cansadas, esperando algum transporte passar pra elas irem pra casa. Ou estão perdendo o horário em seus empregos, por conta do atraso na chegada de ônibus. Os estudantes também: perdendo horário de entrada na aula, ou tendo que aguardar por muito tempo depois da aula pra irem embora. O IMTT, com o apoio desses órgãos que citei, vem multando motoristas e encaminhando os veículos para o Pátio Norte, mas não aplica essa mesma fiscalização em cima das empresas de ônibus que não cumprem seus horários, que atrasam ou desviam suas rotas, e que continuam assaltando o povo pobre de Campos cobrando R$2,75 pela passagem que antes era de apenas R$1, fazendo esse setor que é chamado de “transporte público” parecer muito mais um sistema de transporte privado. O povo de Campos não vai pra rua como em Junho de 2013 ou como nas ruas de São Paulo, mas se revolta, sim, e infelizmente se acostumou a sofrer calado. O setor de transportes vive uma novela que parece que nunca vai acabar e que nunca tem o povo como protagonista – aliás, o povo sempre está no papel de vítima, na mão desses vilõe$. Os motoristas e donos de vans e lotadas irregulares são chamados de criminosos, e quem violenta o direito de ir e vir das pessoas, que é garantido pela nossa Constituição, é o quê?
Por Fabrício Lírio - jornalista
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    Thaís Tostes

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