Após protesto na BR, funcionários da CamposTur buscam ajuda da Câmara de SJB
04/01/2018 17:14 - Atualizado em 04/01/2018 17:28
Um grupo de 56 funcionários da empresa Campos Tur esteve na tarde desta quinta-feira (4) na Câmara de São João da Barra em busca de ajuda. Eles foram recebidos pelo presidente da Casa, Aluizio Siqueira, e relataram que estão com seus salários atrasados há cinco meses. A empresa — que detinha a concessão do serviço entre o município e a cidade vizinha de Campos — teve seus serviços suspensos no dia 17 do mês passado, por determinação da Secretaria de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro).
Pela manhã, funcionários da empresa fecharam a BR 356 (Campos-São João da Barra), na altura de Martins Lage. A Folha 1 informou que, segundo a Polícia Militar, foram cerca de 40 funcionários que compareceram ao protesto, que foi pacífico e durou cerca de duas horas e meia, causando um congestionamento de mais de dois quilômetros na rodovia. Fechada por volta das 9h, a pista foi liberada às 10h30.
Aluizio ouviu as reivindicações dos trabalhadores e informou que o melhor caminho a ser seguido pelos funcionários é buscar um acordo através de uma reunião de mediação proporcionada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), sindicato e empresa para que se busquem caminhos de ter recursos de créditos que a empresa tenha a receber a fim de quitar os débitos trabalhistas, que já chegam a cinco meses de salários atrasados, 13º Salário , férias, entre outros, segundo eles.
Em tempo — A intervenção do Detro nas linhas da Campostur era aguardada há muito tempo, visto que a oferta do serviço era precária e parecia que o órgão de fiscalização estava omisso. As empresas que assumiram, emergencialmente, não estão sendo poupadas de críticas, mas dizem estar em período de adaptação, pois assumiram o serviço a menos de um mês. Quando foi anunciada a intervenção, muita gente já sabia que os trabalhadores “pagariam o pato”. Atrasos de salários aconteciam constantemente e a medida do Detro seria a justificativa ideal para não quitar tal dívida.
Por outro lado, corre nos bastidores, que a CamposTur estaria em período de regularização e, assim, poderia reassumir as linhas intermunicipais — tendo, inclusive, o suporte de outras empresas. A informação não é oficial, mas o espaço está aberto para o posicionamento, já que dificilmente a empresa é encontrada para esclarecimentos. Na intervenção, o Detro deu prazo de um ano para a CamposTur regularizar sua situação junto ao órgão.
Com informações da Ascom/Câmara de SJB

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    Arnaldo Neto

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