Gilmar Mendes dá outra decisão na Caixa d'Água
29/12/2017 22:50 - Atualizado em 02/01/2018 14:23
Livres para o Ano Novo
A polêmica envolvendo os desdobramentos da operação Caixa d’Água parecem não ter fim. Nessa sexta-feira (29), o ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, concedeu habeas corpus ao ex-secretário municipal de Governo, Suledil Bernardino, ao empresário Ney Flores, e ao policial civil aposentado Antônio Carlos Ribeiro, o “Toninho”, para retirar as medidas restritivas impostas aos réus pelo juiz Ralph Manhães, responsável pela 98ª Zona Eleitoral de Campos.
Polêmica
Gilmar está no centro de uma das maiores polêmicas deste final de ano, quando soltou o ex-governador Anthony Garotinho (PR), também preso na Caixa d’Água, no primeiro dia do recesso judiciário, em 20 de dezembro. No último final de semana, o nome do ministro foi envolvido em um áudio atribuído ao juiz Glaucenir Oliveira, responsável pela prisão dos réus da operação, em que o magistrado teria dito que Mendes recebeu propina para conceder habeas corpus a Garotinho.
Restrições
Suledil, Ney e Toninho foram soltos por Ralph Manhães após a decisão de Gilmar em conceder liberdade a Garotinho. Na decisão, Manhães relatou que, se aquele que é considerado chefe do esquema (Garotinho) pela denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE), foi solto, não haveria sentido aos demais co-réus continuarem na prisão. No entanto, Ralph utilizou o precedente do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que libertou Fabiano Alonso, outro réu na ação, que autorizou ao juiz determinar medidas cautelares.
Bandeira verde
Em meio ao intenso calor do verão, é comum que o consumo de energia elétrica aumente durante o período, com a maior utilização de aparelhos como ar condicionado e geladeira. Ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária em janeiro será verde, o que significa que não haverá cobranças extras nas contas de luz. Nos últimos meses de 2017, a Aneel precisou acionar bandeiras mais caras para cobrir os gastos com o acionamento de usinas termoelétricas por causa dos baixos níveis dos reservatórios das principais hidroelétricas do país.
Trabalho escravo
Antes de deixar o cargo, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que pediu demissão na última quarta-feira, editou uma nova portaria que endurece as regras de fiscalização do trabalho escravo no Brasil. Este é um recuo do governo, que, em outubro, foi alvo de duras críticas no país e no exterior, sob alegação de que limitava a caracterização da jornada exaustiva e das condições degradantes à restrição do direito de ir e vir, ou seja, o trabalhador teria que estar preso. A nova medida também muda, entre outros pontos, a exigência da autorização do ministro para a divulgação da lista suja das empresas autuadas por manter trabalhadores em condição de escravidão.
Mudança de hábito
A violência no Rio tem alterado os hábitos do carioca, mas também do comércio. Ou seja, ao invés de manterem suas lojas abertas até a meia-noite, como era de costume, alguns shoppings fecharam suas portas mais cedo no período das vendas deste fim de ano (normalmente às 22 horas), mas abriram mais cedo, às 9 horas da manhã. Assim, aumentaram o expediente, tentando vender mais e aproveitar o Natal, mas, ao mesmo tempo, evitaram as perigosas noites.
Ferrovia já
O governo vai investir em programas de reativação de ferrovias. Sem dinheiro, busca parcerias com o setor privado. As licitações terão inicio neste inicio do ano. Entre esses empreendimentos, está a ferrovia que interligará o porto do Açu à região metropolitana do Rio de Janeiro a Vitória. A malha ferroviária prevista ligará ainda a zona portuária de São João da Barra aos estados de Minas Gerais e São Paulo.
Pelos ares
Com a concretização da ferrovia, a expectativa fica por conta das melhorias no aeroporto Bartolomeu Lisandro, outro gargalo de nossa estrutura de serviços que precisa avançar para atender à demanda do desenvolvimento regional que exige melhores condições de logística e transporte não apenas de produtos, mas de pessoas. A prefeitura de Campos já deu o primeiro passo com a entrega do terminal aeroportuário a uma empresa especializada. Faltam outros como a melhoria das condições de instalação do aeroporto e maior número de vôos e quantitativo de empresas de aviação.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS