Assinatura de empréstimo gera expectativa
09/12/2017 19:35 - Atualizado em 14/12/2017 18:14
Ponto Final
Ponto Final / Ilustração
Expectativa
Servidores do Estado estão na expectativa da assinatura do empréstimo de R$ 2,9 bilhões com o banco BNP Paribas, que, segundo o governador Luiz Fernando Pezão, ocorrerá até amanhã. O empréstimo, que faz parte do plano de recuperação fiscal firmado pelo Estado com o governo federal, será utilizado para quitar os salários em atraso. Segundo Pezão, após mais de um ano de negociações para fechar o plano de recuperação, ele “sacramentou” com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o acerto que faltava. Em troca, o Governo do Rio ofereceu como garantia ao banco até 50% das ações da Cedae, que será privatizada.
Verdades
Em seu único pronunciamento formal à Nação em sete anos de mandato, o deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva (PR), o Tiririca, deixou claro que está abandonando a vida pública e também disse que sai por estar com “vergonha” da política. Que não pretende disputar novas eleições. Que o Congresso “trabalha muito e produz pouco”. Também avaliou que os parlamentares são bem pagos, têm “mordomia”. Mordomias das quais ele também participou ou compactuou. Nada surpreendente num parlamentar que se elegeu com o slogan “Vote em Tiririca, pior do que está, não fica”.
Hipocrisia
Tiririca está no segundo mandato. Para muitos, o parlamentar cearense eleito por São Paulo falou muitas verdades, mas seu discurso carrega também um gesto de hipocrisia de quem precisou levar sete anos para descobrir que o Congresso não funciona e que uma parte dos congressistas cuida apenas de seus interesses e dos que financiam suas campanhas. Se já era popular, Tiririca acaba de faturar um bom marketing e aumentar sua popularidade. Foi o segundo deputado mais votado no país em 2014, com mais de 1 milhão de votos.
Tucano sob vaias
O senador Aécio Neves foi longamente vaiado na convenção do partido em Brasília, ontem, quando o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi eleito presidente do partido pelos próximos dois anos. Num auditório com maioria de correligionários de seus adversários paulistas no ninho tucano, Aécio ouviu vaias e gritos de “fora!”. O mineiro não foi chamado para sentar à mesa no palco e, na sequência, deixou o evento. Ele ficou por 40 minutos e saiu pela porta dos fundos. Ao final, disse que o período em que administrou o partido como presidente “foi o mais fértil, de crescimento da sigla”.
Bateu forte
Alkmim defende as reformas trabalhista, previdenciária e tributária. O novo presidente do tucanato fez forte e duro discurso contra o ex-presidente Lula (PT) e afirmou que o petista será derrotado pela legenda nas urnas. “Os brasileiros não são tolos e estão vacinados contra o método lulopetista de confundir para dividir, iludir para reinar. Depois de terem quebrado o Brasil, eles querem voltar ao poder”.
Cobrança
Embalado pelos indicadores positivos da economia, ainda que tímidos, o governo vê aumentar o seu capital político e mira a Reforma da Previdência. Michel Temer festeja “a volta do emprego, o menor juro da história e o fato de que a inflação deve fechar o ano abaixo de 3%. É a primeira vez em 18 anos que o índice ficará abaixo do piso da meta”. Agora, cobra dos aliados empenho para a reforma previdenciária.
Tabuleiro I
Faltando pouco menos de um ano para as eleições presidenciais, o assunto já toma conta do debate público. Políticos conhecidos dos eleitores, como o ex-presidente Lula e o deputado Jair Bolsonaro, estão há um ano viajando pelo Brasil para consolidar suas candidaturas. Não à toa, os dois seguem na dianteira da corrida ao Planalto, segundo levantamento divulgado no início do mês pelo Datafolha. Dependendo da relação exibida aos entrevistados, o ex-presidente varia de 34% a 37% das citações. Bolsonaro, em geral, fica com 18%.
 
Tabuleiro II
No entanto, os números que mais chamaram a atenção de especialistas consultados pela Agência do Rádio Mais não foram esses. Segundo o Datafolha, 46% da população não demonstra preferência por nenhum candidato, ao menos quando o assunto é citação espontânea. Na intenção de voto espontânea, Lula é citado por 17% e Bolsonaro por 11%. Com 1% cada aparecem Ciro, Marina, Alckmin, Álvaro Dias e Temer. Os demais não atingiram sequer 1%.

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