Rosinha fala pela primeira vez após saída de Benfica
05/12/2017 10:55 - Atualizado em 14/12/2017 18:11
Ponto Final
Ponto Final / Ilustração
Desabafo
A ex-prefeita Rosinha Garotinho (PR) finalmente se pronunciou depois de deixar a cadeia de Benfica, no Rio de Janeiro. Em seu perfil no Facebook, Rosinha desabafou contra o que ela chamou de “perseguição” contra a família Garotinho e reafirmou a fé em Deus. Ao defender o marido e a si mesmo, afirmou: “não roubamos, não temos contas no exterior, não temos mansões. Não desviamos dinheiro público”. No entanto, as contas em outros países seriam desnecessárias, de acordo com as delações do ex-executivos da Odebrecht Leandro Azevedo e Benedicto Junior. Segundo eles, o caixa 2 para as campanhas dos políticos da Lapa era pago em dinheiro vivo.
Esquecimento (I)
No texto, Rosinha ainda diz que o marido vem denunciando a corrupção no Estado do Rio de Janeiro há 10 anos e que “só aqui o denunciante é preso enquanto parte dos denunciados continua livre pra continuarem com a prática da corrupção e maldades”. Porém, a ex-governadora se esquece também das inúmeras denúncias que recaem sobre Garotinho. Para recordar: além do caixa 2 da Odebrecht e também tem as supostas propinas que cobrava de empresários campistas, pelo qual está preso atualmente.
Esquecimento (II)
Além da Lava Jato e da Caixa d’Água, o ex-secretário municipal de Governo já foi condenado a 9 ano e 11 meses de prisão como “comandante do esquema criminoso” de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição em Campos. Garotinho ainda precisa se preocupar com o espantoso fantasma da GAP, empresa contratada pela Prefeitura durante a gestão Rosinha para alugar ambulâncias e que tinha um dono falso para poder lavar dinheiro. O esquema foi descoberto pelo Ministério Público e o empresário Fernando Trabach, o verdadeiro proprietário da GAP, está preso. Motivo para mais noites mal dormidas no presídio de segurança máxima de Bangu 8, onde Anthony Garotinho está preso.
Corrida ao Planalto
O instituto Datafolha revelou no último sábado mais uma pesquisa sobre a corrida presidencial para 2018. Os números no primeiro turno se mantêm praticamente estáveis, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente em todos os cenários. No entanto, a principal diferença se mostrou nas possíveis disputadas de segundo turno. O petista ampliou a vantagem para todos os adversários: 52% x 30%, com Geraldo Alckmin (PSDB); 48% x 35%, com Marina Silva (Rede); e 51% x 33%, com Jair Bolsonaro (PSC). Caso Lula não possa se candidatar, a concorrência promete ser ainda mais acirrada: Alckmin 35% x 33% Marina; e Marina 46% x 32% Bolsonaro.
Lula e os radicais
Anuncia-se a possibilidade de protestos de seus adversários mais radicais pela presença do ex-presidente Lula em Campos nesta terça-feira. O petista, possível presidenciável, virá com sua caravana que tem percorrido outras cidades do país. Lula é brasileiro, maior de idade e, caso consiga disputar a presidência da República, é legítimo direito seu e dos que defendem a sua volta ao Palácio do Planalto. É assim a democracia. Da mesma forma não se pode conceber que cometam excessos os que não comungam com as ideias do deputado Jair Bolsonaro.
Sem lei
A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, afirmou que o Rio de Janeiro é “uma terra sem lei” depois que a Assembleia Legislativa resolveu derrubar uma decisão judicial que mandou prender os deputados Jorge Picciani, Paulo Mello e Edson Albertassi. Apesar da tragédia que se abate sobre o Rio, há boas notícias com o sinal de retomada da pujança no setor de turismo. São quase 9 milhões de lugares ofertados pelas companhias aéreas em vôos domésticos e internacionais para a Cidade Maravilhosa. A previsão é de um aumento no movimento do Aeroporto Tom Jobim de aproximadamente 5% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Investimento na região
Seguindo a linha de retomada econômica, a Petrobras anunciou um investimento de R$ 3 bilhões na Bacia de Campos. Esta vai ser a primeira grande contratação de serviços da estatal desde 2014, quando teve início a operação Lava Jato. O dinheiro será usado para reformar 75% das plataformas de petróleo. A expectativa é pela criação de pelo menos três mil novos postos de trabalho na região, que esteve no olho do furacão da crise do petróleo nos últimos anos. Somente em Macaé, por exemplo, 40 mil pessoas ligadas ao ramo perderam o emprego.
José Renato

ÚLTIMAS NOTÍCIAS