O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) adiou para desta quinta-feira o julgamento do recurso do vereador Ozéias (PSDB), que ocorreria na sessão desta quarta. O adiamento, sugerido pela própria relatora, desembargadora Cristiane Feijó, foi em função da ausência do advogado que justificou estar em outra audiência. Ozéias será julgado na mesma sessão de Miguelito (PSL) e Kellinho (PR). Os três estão entre os parlamentares eleitos em 2016 e que foram condenados em primeira instância na esfera cível-eleitoral da Chequinho. Caso o TRE siga o entendimento dos julgados anteriormente, eles deverão ter que sair da Câmara.

Reeleito com 3.159 votos, Ozéias foi preso em agosto do ano passado em Travessão com uma agenda e valor em dinheiro. Segundo ele, seria para comprar um veículo. A partir desta prisão começaram as investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Eleitoral (MPE) dentro da Chequinho. Ele chegou a ser preso mais uma vez em outubro do ano passado.

O TRE realiza a quarta sessão desta semana - normalmente são apenas duas. Em todas elas havia recursos envolvendo Campos e Cheque Cidadão.

Segunda-feira, o vereador Thiago Virgílio (PTC) teve seu recurso negado. No mesmo dia, foram rejeitados os Embargos de Declaração do vereador Jorge Rangel (PTB). Na terça-feira foi a vez da vereadora Linda Mara Silva (PTC). As duas decisões foram unânimes por parte do plenário do TRE. Com a rejeição, ambos terão que deixar o cargo após julgamento dos Embargos de Declaração - que é outro tipo de recurso, mas apenas para explicar pontos da sentença.

Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas fora do cargo, caso o TRE mantenha a rejeição quando julgar os Embargos.

Ozeias, Kellinho, Miguelito, Thiago Virgílio, Jorge Rangel e Linda Mara não foram diplomados em dezembro do ano passado junto com os demais parlamentares. A diplomação deles suspensa pelo juiz Ralph Manhães. Eles só assumiram suas cadeiras, após decisão do TSE e liminar do TRE.

Além desses seis, outros quatro eleitos também foram condenados na Chequinho: Vinicius Madureira (PRP) e Jorge Magal (PSD) já deixaram a Câmara e recorrem ao Tribunal em Brasília. Faltam os julgamentos dos recursos dos vereadores Thiago Ferrugem (PR) e Roberto Pinto (PTC), também condenados em primeira instância.