Ousadia da bandidagem
04/11/2017 11:17 - Atualizado em 10/11/2017 18:36
Ponto Final
Ponto Final / Reprodução
Ousadia da bandidagem
Não é de hoje que os casos de violência em Campos estão tirando o sossego de quem vive no município. Andar pelas ruas da cidade não tem sido tarefa fácil diante dos constantes casos de assaltos. A situação se torna ainda mais preocupante quando até mesmo quem trabalha no combate à violência se torna alvo da bandidagem, como aconteceu durante o último feriado com a delegada titular da 147ª Delegacia de Polícia (DP) de São Francisco do Itabapoana, Ivana Morgado, vítima de assaltantes na área da Pelinca. A Polícia Militar até prometeu reforço naquela área, mas os bandidos seguem ousados e cometeram, ontem, mais um assalto próximo ao outro com as mesmas características, também em pela luz do dia.
Integração
A questão da segurança tem sido discutida em Campos, como ocorreu durante a última quarta-feira na reunião do Conselho Comunitário de Segurança. A instalação de uma central de monitoramento é uma das propostas para a integração das forças de segurança com órgãos da Prefeitura. Além de câmeras para o acompanhamento em tempo real de locais considerados estratégicos, implantadas através de parceria público-privada, a municipalidade também vai utilizar os 70 rádios transmissores já doados pelo Governo do Estado para facilitar a comunicação para a segurança.
Fachin, relator
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, foi sorteado para analisar uma interpelação judicial apresentada pelo Governo do Rio de Janeiro contra o ministro da Justiça, Torquato Jardim. A Procuradoria Geral do Estado pede que Jardim seja intimado a informar os nomes de agentes públicos supostamente ligados ao crime organizado no Rio. Jardim disse à imprensa que a Polícia Militar do Rio de Janeiro não é controlada por Pezão e pelo secretário de Segurança, Roberto Sá, mas sim de um “acerto com deputado”. E ainda acusou comandantes de batalhões de serem “sócios do crime organizado”.
Na Justiça
O governador Luiz Fernando Pezão quer que Torquato Jardim responda na Justiça pelas acusações feitas. No pedido, a Procuradoria requer, porém, que ele tramite em sigilo. Quinta-feira, dois dias depois de a crise instalada, o presidente Temer pediu para o ministro ficar quieto e não dar mais declarações. Ontem, o presidente o recebeu na residência oficial, o Palácio do Jaburu, nesta sexta-feira. A reunião não estava na agenda oficial. O teor da conversa não foi revelado. O silêncio de Temer, aliás, tem sido alvo de muitas críticas, especialmente entre a bancada do Estado.
Cine-terror
Como nada é tão ruim que não se possa melhorar, continua rendendo o caso do “cinema” que seria instalado na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte do Rio. Ontem, através de uma nota publicada nas redes sociais, o advogado Heckel Garcez Rodrigues Ribeiro, que representa o pastor Carlos Alberto de Assis Serejo, afirma que o ex-governador Sérgio Cabral convenceu seu cliente e uma missionária a assinarem um termo de doação de equipamentos eletrônicos. Segundo o advogado, o encontro entre os membros da igreja e o ex-governador teria acontecido na biblioteca da cadeia, em um dia de culto.
“Ex officio”?
Segundo o advogado, o detento Sérgio Cabral argumentou que o diretor da unidade teria alegado que o uso dos equipamentos (TV, DVD e Home Theater) só seria possível se uma doação fosse oficializada. Ele ressaltou que o material seria de uso coletivo. O pastor Serejo teria assinado o documento porque trabalha em presídios há tempos e acredita na ressocialização dos detentos. Por isso, considerou que seria apenas um “favor”, não identificando a existência de qualquer vestígio de algo ilícito.
Solitária
Pelo visto, o ex-governador Sérgio Cabral escapou, momentaneamente, do presídio federal em Campo Grande, para onde seria levado por determinação do juiz Marcelo Bretas, mas está longe de acabar seu inferno astral. Cabral seria transferido depois que Bretas se sentiu ameaçado durante um depoimento em que o ex-governador citou que a família do magistrado possuía uma loja de bijuterias. Uma liminar concedida pelo ministro do STF Gilmar Mendes garantiu a permanência no Rio. Por enquanto.

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