Propina parou com Pezão, diz delator
20/11/2017 19:04 - Atualizado em 22/11/2017 13:33
Luiz Fernando Pezão
Luiz Fernando Pezão / Antonio Cruz/Agência Brasil
Pagamentos de propina foram suspensos quando Luiz Fernando Pezão (PMDB) assumiu o Governo do Estado. A afirmação consta de um novo trecho de gravação na delação premiada do marqueteiro do PMDB do Rio, Renato Pereira. Segundo ele, as práticas ilícitas aconteceram durante a gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
No depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), Renato Pereira disse ainda que pagou uma mesada a pelo menos 11 pessoas, por ordem do ex-governador Cabral. O empresário afirmou que em 2010 parte dos valores passou a ser distribuído na rua. O delator disse que entregava o dinheiro em mochilas para Carlos Miranda.
O marqueteiro relatou que as mesadas acabaram quando o governador Luiz Fernando Pezão assumiu, em 2014.
- Não sei se foi final de 2013 ou início de 2014 que eu fiz o último pagamento, então com a entrada do governador Pezão, essa contribuição deixou de existir. Essa lista deixou de existir, salvo engano. Tenho certeza que o Ricardo Cota continuou a receber enquanto foi secretário de Governo do Pezão. Depois, ele saiu quando o Pezão ganhou a eleição. E o Maurício Cabral continuou recebendo até pelo menos o início de 2016, mas todos os outros nomes, com certeza absoluta, deixaram de receber a partir do momento em que o Pezão entrou. Ele nunca pediu isso para ele e nós automaticamente paramos de pagar as outras pessoas - completou Renato.
A defesa de Cabral se disse “estarrecida com a divulgação das declarações” e argumentou que a delação ainda não foi homologada. E reiterou que o uso de caixa 2 já foi confessado por ele. A defesa de Maurício Cabral, irmão de Sérgio Cabral, afirmou que as acusações contra seu cliente são falsas. (S.M.) (A.N.)

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