Ação de Garotinho enviada ao TRE
Suzy Monteiro 10/11/2017 22:56 - Atualizado em 14/11/2017 16:29
Rodrigo Silveira
A principal Ação Penal do caso Chequinho, que levou à condenação do ex-governador Anthony Garotinho (PR), foi encaminhada pelo juízo da 76ª Zona Eleitoral para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde o réu e o Ministério Público Eleitoral (MPE) irão recorrer. Garotinho foi condenado em setembro a nove anos, 11 meses e 10 dias de prisão por corrupção eleitoral, repetida 17.515 vezes, associação criminosa, supressão de documento e coação no curso do processo). No dia 13 de setembro, ele chegou a ser preso quando apresentava seu programa na rádio Tupi e transferido para Campos, onde cumpriu prisão domiciliar. Outra AP, a que tem como investigado o filho do casal Garotinho, Wladimir, começou a contar o prazo para alegações finais. Já a investigação sobre suposta tentativa de suborno ao juiz Glaucenir Oliveira foi encaminhada à Justiça Federal.
Garotinho foi condenado por comandar um esquema de fraude eleitoral quando era secretário de Governo de Campos. De acordo com as investigações da operação Chequinho, em troca de votos em candidatos a prefeito e vereadores em 2016, a prefeitura oferecia inscrições no programa Cheque Cidadão.
Sobre o encaminhamento à segunda instância, o advogado Carlos Azeredo acredita que todos os pedidos feitos no recurso do ex- governador Anthony Garotinho serão acatados no TRE, tendo em vista que o juiz de primeira instância não levou em conta o direito à ampla defesa.
Outra - A investigação sobre a suposta tentativa de suborno ao juiz Glaucenir Oliveira ficará sob a responsabilidade da Justiça Federal. A decisão é do juiz da 76ª Zona Eleitoral Ricardo Coimbra, que declinou competência da Justiça Eleitoral para a Federal, por entender que o caso da suposta tentativa de suborno não influencia a decisão a ser proferida pela Justiça Eleitoral no caso de compra de votos. Logo, não há conexão, apesar da proximidade entre os casos.
A decisão foi na Ação Penal que tem como réu o ex-procurador da Câmara de Campos Luís Felippe Klem de Mattos. No último dia 20 de setembro, o ex-procurador foi apontado, em inquérito da Polícia Federal e denúncia do Ministério Público Eleitoral, como o intermediador de proposta de suborno ao juiz Glaucenir Oliveira, que atuou na Chequinho e, em novembro do ano passado, determinou a prisão do ex-secretário de Governo de Campos, Anthony Garotinho. A quantia oferecida seria R$ 5 milhões através de um empresário e R$ 1,5 milhão através de outro.
Filho - Está em fase final a Ação Penal de Wladimir Garotinho, também investigado na Chequinho. 

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