Assembleia discute situação dos rodoviários
Jéssica Felipe 13/11/2017 19:47 - Atualizado em 14/11/2017 14:58
Servidores associados e diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Campos voltaram a se reunir nesta segunda-feira (13). A assembleia, que luta pelo pagamento atrasado dos trabalhadores, aconteceu em dois momentos. Na parte da manhã, mais de oitenta pessoas estiveram presentes. O sindicato entrará na Justiça do Trabalho contra as empresas de ônibus com uma ação cautelar. Para os funcionários, o pedido é que o “dinheiro” fique na responsabilidade da justiça, já que as empresas alegam não ter recurso para os pagamentos.
A diretoria do sindicato informou que as situações mais preocupantes são para os funcionários da Rogil e Turisguá, que estão há quase três meses sem receber. Em paralisação desde a última quinta-feira, funcionários da Turisguá alegam que cerca de 60% do salário de agosto mais os pagamentos de setembro e outubro não foram depositados. O último recebimento foi há aproximadamente duas semanas, quando foram pagos R$ 300 referentes a agosto. A falta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também foi um problema apontado pelos funcionários.
Em resposta, a representante da Turisguá informou que a crise acontece no setor e que, especificamente para a sua empresa, ela aguardará o recurso pendente com a prefeitura de Campos. Os funcionários foram convocados para uma reunião nessa terça-feira, às 7h, onde uma proposta será apresentada.
Roberto Virgílio, presidente do Sindicato dos Rodoviários, explicou que das empresas em atraso, apenas a Siqueira está fornecendo vale. “A alegação é que estão sem recurso para pagar, eles também não dão previsão”, disse Roberto, acrescentando que a diretoria já tentou uma conversa com os representantes das mesmas, mas, que por tal resposta, preferiu, junto aos trabalhadores, entrar com a causa da justiça.
“Não adianta deixar o dinheiro nas mãos deles”, ressaltou um dos funcionários que estava presente na reunião, mas não quis se identificar. Para a classe, a situação precisa ter intervenção judicial. “Eles dizem que não tem dinheiro, mas nós vemos o dinheiro todo dia. Imagina só!”, acrescentou outro funcionário.
O sindicato está aguardando algumas confirmações de valores para agilizar o pedido judicial ainda essa semana. Perante a decisão, o grupo de trabalhadores não prevê paralisação no momento. Questionado sobre os valores pendentes pela prefeitura de Campos, Roberto Virgílio informou que depois do repasse feito no último mês, restam apenas em débito 15 dias de dezembro de 2016.
Também estiveram presentes na assembleia, em apoio aos colegas, funcionários das empresas Cordeiro e Jacarandará, ambas com situação salarial em dia. Sobre a paralisação da Turisguá, o presidente considerou que os trajetos afetados estão sendo atendidos pelas outras empresas do Consórcio União.
A Prefeitura de Campos não comentou o assunto.

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