A nova lei da reforma trabalhista entra em vigor neste sábado. Na véspera, o governo federal anunciou que pretende encaminhar ao Congresso na segunda-feira ajustes na nova legislação. Entre eles, o que impede empresas de demitir trabalhadores para recontratá-los por contrato de trabalho intermitente num prazo de 18 meses. Outra alteração busca proteger grávidas e lactantes de trabalharem em ambientes que ofereçam risco à saúde das mulheres e bebês. Nesta sexta-feira, em 19 estados foram registrados atos de protestos contra a medida.
Os ajustes serão feitos depois de entrarem em vigor, neste sábado, as mudanças promovidas pela reforma trabalhista aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente Michel Temer. Entre as principais mudanças da nova legislação está a autorização para que acordos coletivos se sobreponham sobre a lei, em temas como jornada de trabalho, banco de horas e intervalo intrajornada.
O dia de luta nacional contra as reformas do governo foi marcado em Campos por protestos no Centro da cidade. Com faixas e cartazes, ao som de banda de música e do Caveirão, o Sindicato dos Bancários realizou uma passeata de manhã até a Praça Quatro Jornadas, próximo à agência do Banco do Brasil, onde foi queimado o caixão de Temer e do governador pezão. Houve ato público no calçadão, que contou também com a participação de petroleiros, metalúrgicos, servidores estaduais, trabalhadores da construção civil e estudantes. (A.N.)