Filmes evocam a origem do cinema
Jhonattan Reis 09/11/2017 18:30 - Atualizado em 16/11/2017 14:03
Soffiati apresentou origens do cinema
Soffiati apresentou origens do cinema / Antônio Leudo
Quatro filmes que contribuíram para o desenvolvimento e a história do cinema foram exibidos na noite quarta-feira (8) no Cineclube Goitacá, na sala 507 do edifício Medical Center, pelo professor e crítico de cinema Aristides Soffiati. As obras apresentadas foram, respectivamente: “Um Cruzamento de Trânsito” (Traffic Crossing Leeds Bridge, 1888), dirigido por Louis Le Prince; “A Chegada do Trem na Estação” (L’Arrivée d’un Train en Gare de La Ciotat, 1895), dos irmãos Auguste Lumière e Louis Lumière; “Frankenstein” (Frankenstein, 1910), de J. Searle Dawley; e “O Mundo Perdido” (The Lost World, 1925), do diretor Harry Hoyt — a principal exibição da noite.
Soffiati explicou que o objetivo foi mostrar os primórdios do cinema. “A intenção é mostrar como essa linguagem foi se constituindo. “Um Cruzamento de Trânsito” é o primeiro filme de todos os tempos. São pouquíssimos segundos e é algo tão elementar que hoje em dia a gente pode achar até engraçado, foi uma grande novidade naquela época ter imagem em movimento”, disse.
“A Chegada do Trem na Estação” foi o segundo filme exibido. “Esse é considerado o primeiro filme de todos os tempos por muitos. Isso porque a descoberta do trabalho de Le Prince foi algo mais recente e, também, porque “Um Cruzamento de Trânsito” não foi tão disseminado à época, diferentemente de “A Chegada do Trem na Estação”, que rodou vários países quando foi lançado.
Aristides lembrou que “Frankenstein”, terceiro filme apresentado, é ficção científica e não terror. “Não tem nenhum elemento sobrenatural nessa obra, apesar de ser algo assustador para a época, levando em consideração que é narrado que um ser humano é capaz de juntar pedaços de cadáveres para dar vila a outro ser”, falou.
Já “O Mundo Perdido” foi uma ficção científica muito avançada para a época que foi lançada por usar a técnica do stop motion — técnica que se utiliza de vários modelos reais em materiais diversos, sendo os modelos movimentados e fotografados quadro a quadro.
— Willis O’Brien, o pai dos efeitos especiais, fez todos os dinossauros com argila e filmou com essa técnica.

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