Picciani conversou com Cabral na cadeia
18/11/2017 12:13 - Atualizado em 18/11/2017 12:28
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, ficou menos de 24 horas preso, mas teve um dia foi intenso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica:
Dividiu a cela com mais cinco presos, conversou com o ex-governador Sérgio Cabral e experimentou o sabor do cardápio do dia: arroz, macarrão, feijão, uma porção de proteína (carne, frago ou peixe); salada, fruta ou doce de sobremesa, além de refresco.
— Eu nunca tinha sido preso e só quem já foi sabe como é. A prisão não é uma situação confortável, mas eu fiquei com dignidade. Fui tratado com respeito pelos funcionários, que foram duros, mas serenos no cumprimento de suas funções. Me trataram com todo respeito, sem nenhum privilégio — afirmou Picciani.
O deputado ficou na mesma galeria onde o ex-governador Sérgio Cabral cumpre pena.
— Eu encontrei com todo mundo que está preso lá. É um corredor. Não tinha como não encontrar com o ex-governador. Quando cheguei, as celas já estavam fechadas. Elas fecham às 18h. Mas, de dia, depois das 8h, os guardas abrem. E todos ficam no corredor. Todos se encontram. Todos conversam — revelou Picciani, sem detalhar o que conversou com Cabral.
Presidente regional do PMDB, Picciani diz ter ouvido muitas reclamações de presos:
— O sistema carcerário é muito degradante. As pessoas sofrem muito. A Justiça mantém as pessoas presas e não revisam seus casos.
Picciani, que foi preso com os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, integram a cúpula do PMDB no estado e são investigados pela Operação Cadeia Velha. A prisão foi determinada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) e revogada pela Alerj.
— Houve uma decisão judicial, e eu respeito. Me apresentei imediatamente. Agora, eu não concordo. São palavras (de delatores) mentirosas — afirmou Picciani.
(Fonte

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    Suzy Monteiro

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