Mais quatro condenados pela Chequinho na esfera criminal
Suzy Monteiro 17/10/2017 10:23 - Atualizado em 20/10/2017 18:01
  • Vereador Miguelito

    Vereador Miguelito

  • Vereador Ozéias

    Vereador Ozéias

O juiz Ricardo Coimbra, da 76ª Zona Eleitoral, condenou à prisão os vereadores Ozéias (PSDB) e Miguelito (PSL), além da ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Ana Alice Alvarenga, e a ex-coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Kock, por corrupção eleitoral e associação criminosa no caso Chequinho. Ozéias e Miguelito também tiveram decretada a perda do mandato. Todos podem recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O mandado de prisão e a perda de mandato passam a valer após esgotados os recursos. Porém, o TRE tem o poder, se assim entender, de fazer cumprir a sentença quando julgar o mérito da Ação Penal. Procurada, a defesa dos réus não respondeu à Folha da Manhã.
Ozéias e Miguelito, de acordo com o magistrado, eram responsáveis por oferecer a vantagem ao eleitor e os beneficiários diretos do voto. Eles foram condenados a cinco anos e quatro meses de reclusão em regime semi-aberto, além da perda de mandato e pagamento de multa por cada um dos crimes cometidos.
Já Ana Alice e Gisele, ainda segundo a sentença, participavam administrando a inclusão dos dados do eleitor no sistema para recebimento do benefício. Não tinham, porém, o poder de decisão sobre a inclusão no programa nem para escolha dos beneficiados. Elas foram condenadas a um ano e três meses de reclusão, convertida em prestação de serviços comunitários. Estão proibidas de exercerem cargos públicos e também terão que pagar multa.
Os réus foram condenados por associação criminosa e corrupção eleitoral (no caso de Ozéias repetidas 956 vezes), (Miguelito, 743 vezes), (Ana Alice e Gisele 1.619 vezes cada). Com a sentença, os réus tiveram revogadas as medidas cautelares.
Os quatro já foram presos durante as investigações da Chequinho. A prisão de Ozéias, inclusive, desencadeou a operação.
É a segunda sentença de Ação Penal do caso. A primeira foi a do ex-governador Anthony Garotinho, apontado como líder do esquema e condenado a 9 anos, 11 meses e 10 dias de prisão. Ele chegou a cumprir prisão domiciliar entre os dias 13 e 26 de setembro último, quando conseguiu resultado favorável em Brasília.
Existem tramitando outras quatro ações penais.

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